Revista revela novas denúncias contra Agnelo Queiroz

Revista revela novas denúncias contra Agnelo Queiroz

Em vídeo, testemunha fala sobre suposto esquema de corrupção no Ministério do Esporte

Correio do Povo

Agnelo Queiroz (à direita) é alvo de denúncias

publicidade

Depoimento gravado em vídeo revelado na edição desta semana da revista Isto É pelo motorista Geraldo Nascimento de Andrade, testemunha-chave das denúncias sobre o esquema de desvio de verbas com ONGS do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, conta bastidores da suposta teia de corrupção montada pelo ex-ministro e hoje governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT). Aparecem nomes e funções dos envolvidos na rede que desviou recursos públicos para ONGs de fachada e empresas fantasmas. Como motorista, arrecadador e até como laranja para empresas fantasmas, Andrade serviu por mais de quatro anos a essa rede de corrupção.

A revista mostra Andrade como um homem simples, 25 anos, que, na maior parte do tempo, esteve preocupado em garantir uma subsistência modesta. Numa gravação de quase duas horas, Andrade conta tudo o que testemunhou e executou para o grupo.

Seu relato foi repetido à Polícia Civil e ao Ministério Público. O material embasou duas denúncias já acolhidas pela Justiça Federal e que correm sob segredo de Justiça. Com esse conjunto, é possível traçar, pela primeira vez, um organograma de quando foi instalado, como atuavam, como era feita a distribuição da propina e o papel de cada operador no complexo esquema de dreno de recursos públicos montado no Esporte.

A gravação deixa evidente que a teia de falcatruas que irrigou o caixa do PC do B foi iniciadae bem azeitada pelo ex-ministro do Esporte e antecessor de Orlando Silva, Agnelo Queiroz. No tempo em que trabalhou para o esquema, Andrade pôde testemunhar a desenvoltura de outras empresas e ONGs de fachada.

O procedimento era sempre o mesmo. “O cabeça dessa quadrilha era o Agnelo, porque ele liberava o dinheiro”, afirma a testemunha. Numa tentativa de abafar o caso, o motorista acrescenta que fez pagamentos em a ONGs no Rio, em Santa Catarina e Goiás. As fraudes também atingiram convênios do Ministério do Trabalho e do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT).


Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895