Revista revela novas denúncias contra Agnelo Queiroz
Em vídeo, testemunha fala sobre suposto esquema de corrupção no Ministério do Esporte
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A revista mostra Andrade como um homem simples, 25 anos, que, na maior parte do tempo, esteve preocupado em garantir uma subsistência modesta. Numa gravação de quase duas horas, Andrade conta tudo o que testemunhou e executou para o grupo.
Seu relato foi repetido à Polícia Civil e ao Ministério Público. O material embasou duas denúncias já acolhidas pela Justiça Federal e que correm sob segredo de Justiça. Com esse conjunto, é possível traçar, pela primeira vez, um organograma de quando foi instalado, como atuavam, como era feita a distribuição da propina e o papel de cada operador no complexo esquema de dreno de recursos públicos montado no Esporte.
A gravação deixa evidente que a teia de falcatruas que irrigou o caixa do PC do B foi iniciadae bem azeitada pelo ex-ministro do Esporte e antecessor de Orlando Silva, Agnelo Queiroz. No tempo em que trabalhou para o esquema, Andrade pôde testemunhar a desenvoltura de outras empresas e ONGs de fachada.
O procedimento era sempre o mesmo. “O cabeça dessa quadrilha era o Agnelo, porque ele liberava o dinheiro”, afirma a testemunha. Numa tentativa de abafar o caso, o motorista acrescenta que fez pagamentos em a ONGs no Rio, em Santa Catarina e Goiás. As fraudes também atingiram convênios do Ministério do Trabalho e do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT).