Rodrigo Maia nega que há urgência para votar pacote anticorrupção

Rodrigo Maia nega que há urgência para votar pacote anticorrupção

Presidente da Câmara afirmou projeto só será analisado após ser aprovado na comissão especial

AE

Maia nega que há urgência para votar pacote anticorrupção

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira que o pacote de medidas de combate à corrupção só será votado no plenário da Casa após ser aprovado na comissão especial que debate a matéria. "Não terá urgência para que a matéria seja votada antes", afirmou Maia em entrevista coletiva. Nesta quarta-feira o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), disse que há uma articulação para aprovar requerimento para que o pacote seja votado diretamente no plenário, sem ser analisado pela comissão.

De acordo com Molon, a articulação teria o objetivo de aprovar o pacote - que pode possibilitar uma anistia retroativa para quem cometeu caixa 2 - antes da divulgação da delação premiada da construtora Odebrecht, que deve citar muitos políticos. "Não posso cuidar dos sonhos dos deputados. Porque eu sempre disse que a gente vai votar primeiro na comissão antes de votar no plenário", afirmou Rodrigo Maia na entrevista. "Antes da comissão não será votado", disse o deputado do DEM.

Maia rebate críticas sobre a Lava Jato

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira que os integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba podem fazer críticas quando e onde quiserem sobre o projeto que muda as regras dos acordos de leniência, mas que são os parlamentares que foram eleitos pela população que devem votar as propostas.

"Eles, de forma democrática, podem fazer a crítica onde eles quiserem, no tempo que quiserem. Nós estamos aqui eleitos pela população para votar as matérias", afirmou Maia em entrevista coletiva. Ele disse não poder comentar as críticas da força-tarefa ao parecer do relator do projeto, deputado André Moura (PSC-SE), líder do governo na Casa, porque não as leu.

Em entrevista coletiva nessa quarta-feira, integrantes da força-tarefa criticaram relatório preliminar apresentado por Moura ao projeto. No parecer, o deputado do PSC estende os acordos de leniência para pessoas físicas, como diretores, acabando com a punibilidade deles, o que pode desestimular delações premiadas. Para a Lava Jato, o projeto faz parte de uma ofensiva para "enterrar as investigações" da operação.

Maia afirmou ainda que retirou o requerimento para tramitação do projeto em regime de urgência para que o tema possa ser mais debatido na Casa, e não por causa das críticas dos integrantes da força-tarefa. Ele disse que pautou a urgência para a sessão dessa quarta-feira para pressionar o relator a apresentar o seu parecer. "Não podia ficar esperando a vida inteira para aparecer um relatório", afirmou.

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