Saída de Teich repercute entre políticos gaúchos
Deputados de vários partidos criticaram nova mudança no Ministério da Saúde e o presidente Jair Bolsonaro
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O anúncio da saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde, antes de completar um mês, gerou repercussão entre os políticos gaúchos de diferentes partidos. Muitos criticaram a postura do presidente Jair Bolsonaro diante à crise. Teich deixou o cargo na manhã desta sexta-feira sem ter completado um mês na função. Essa é a segunda troca no comando do Ministério desde o início da pandemia da Covid-19.
A líder do PSol na Câmara dos Deputados, Fernanda Melchionna, considerou muito grave a saída do ministro e a escalada da pandemia. "Essa dança de cadeiras é mais uma tentativa do Bolsonaro de tutelar todo e qualquer ministro para impor sua visão obscurantista, autoritária e contra a Ciência. A disputa em torno da liberação do uso da cloroquina, mesmo sem evidências científicas, e a guerra que o governo vem fazendo para forçar o fim do isolamento social mostra que o negacionismo está no posto de mando", afirmou. Ela também defendeu que o presidente da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia, defenda o pedido de impeachment contra Bolsonaro.
O deputado estadual Fábio Ostermann (Novo) fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro, afirmando que "o problema não era o Ministério da Saúde".
Cada vez mais claro que o problema não era o Ministério da Saúde, mas sim o chefe incompetente e cego pela própria narrativa que vai arrastando o país inteiro para um destino trágico. pic.twitter.com/nCmL4y9G6c
— Fábio Ostermann (@FabioOstermann) May 15, 2020
Do PDT, a deputada estadual Juliana Brizola também fez críticas à postura do presidente Jair Bolsonaro.
Dois dias antes de completar um mês como Min. da Saúde, Teich deixa o cargo. Enquanto o Brasil encontra-se no ápice da crise, com mais de 15 mil mortes, fica claro que qualquer um que, minimamente, pautar-se na ciência, ao ir contra o genocídio proposto por Bolsonaro, vai cair.
— Juliana Brizola (@JulianaBrizola) May 15, 2020
O deputado estadual Fernando Marroni (PT), chamou a conduta do presidente de 'caótica' diante de nova troca no Ministério.
Aliado do presidente, deputado federal Bibo Nunes (PSL) defendeu a troca em função da necessidade de que um ministro "tem que ter a mesma forma de agir e pensar que ele (Bolsonaro)".Bolsonaro é incapaz de conduzir o país. Atua por princípios ideológicos fanatizados e sem qualquer postura de um líder nacional. Sua conduta no combate ao coronavírus é caótica. Já tivemos dois ministros da Saúde e hoje contabilizamos mais de 14 mil mortos. Uma tragédia nacional.
— Fernando Marroni (@fernandomarroni) May 15, 2020
Para ser Ministro de Bolsonaro tem que ter a mesma forma de agir e pensar que ele, o que é natural.
— Bibo Nunes (@bibonunes1) May 15, 2020
Lembro que a cloroquina era um remédio barato, eficaz e que não precisava receita, por não causar efeito colateral.
É inegável que milhares já foram salvos com cloroquina!