Salles diz que foi expulso do Novo e dispara: "fico com Bolsonaro"

Salles diz que foi expulso do Novo e dispara: "fico com Bolsonaro"

Ministro do Meio Ambiente afirmou que decisão se deu por ter aceito cargo no governo sem pedido de autorização do partido

AE e Correio do Povo

Ministro teve pedido contra si protocolado nesta quinta

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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, usou sua conta pessoal no Twitter para informar que foi expulso do partido Novo, na manhã desta quinta-feira. A filiação dele – lançado como deputado federal pela sigla nas últimas eleições – já havia sido suspensa pela Comissão de Ética da legenda em outubro do ano passado sob alegação de que vinha "desdenhando de dados científicos", "revogando políticas públicas sem qualquer debate prévio" e "atuando com absoluta irresponsabilidade" à frente da pasta.

A justificativa não foi a mesma relatada em postagem na manhã desta quinta. "Fui comunicado da minha EXPULSÃO por ter assumido 'sem qualquer informação prévia ou pedido de autorização ao Partido NOVO', o cargo de Ministro de Estado do Meio Ambiente no governo do atual Presidente Sr. Jair Messias Bolsonaro", escreveu Salles, que ainda completou: "entre o ex-candidato à Presidência da República e presidente do Novo, João Amoêdo e Bolsonaro, fico com Bolsonaro!".

Ministro não mantém nenhum contato com o partido

No ano passado, durante as queimadas na Amazônia, o Novo já havia dito que o titular da pasta não representa o partido. "Não foi uma indicação do Novo. O ministro foi escolhido e responde ao presidente Jair Bolsonaro. Não há qualquer interferência ou participação do partido na gestão do Ministério do Meio Ambiente. O ministro não mantém nenhum contato com o partido quanto aos seus planos, metas e objetivos para a pasta. Só temos conhecimento das suas ações quando divulgadas publicamente", diz nota compartilhada nas redes socias.

Salles era um dos 47.739 filiados e, de acordo com a sigla, "não participa de nenhuma atividade partidária e nem exerce qualquer cargo dentro do partido". "O Diretório Nacional do novo emitiu, em 31/05/2019, uma resolução determinando que qualquer filiado que venha a participar em um cargo público relevante em qualquer instância de governo, quando não for indicado pelo NOVO, deverá solicitar a suspensão da sua filiação". A resolução, seguindo a lei, não tem efeito retroativo. Logo, não se aplica ao ministro"


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