Salles sugere que países ricos paguem por proteção da Amazônia

Salles sugere que países ricos paguem por proteção da Amazônia

Em entrevista ao jornal Financial Times, ministro defendeu que os custos de desenvolvimento sejam arcados por quem tem fundos

Correio do Povo

Salles afirmou que desenvolvimento não é contrário à diminuição do desmatamento

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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendeu em entrevista ao jornal Financial Times que países ricos paguem ao Brasil para ajudar a proteger a Amazônia e afirmou que "qualquer tipo de boicote só terá uma consequência, para piorar as coisas". “Queremos atrair investimentos... É necessário manter a floresta. O custo de oportunidade deve ser pago por alguém e, quando dizemos alguém, significa aqueles que têm os fundos ou as fontes de financiamento necessárias para isso", disse.

Para o ministro, 120 dólares por ano, por hectar, seria suficiente para pagar aos agricultores e proprietários para que não desenvolvam culturas em suas terras. "O desenvolvimento não é contrário à diminuição do desmatamento, pelo contrário. Vimos a falta de desenvolvimento com o aumento do desmatamento", argumentou. Se aplicada a fórmula proposta pelo ministro na área que pode ser desenvolvida legalmente, o total seria de 12 bilhões de dólares. 

Alemanha e a Noruega suspenderam seus pagamentos ao Fundo Amazônia do governo brasileiro, enquanto os fundos de investimento europeus com US $ 16 bilhões em ativos ameaçaram desinvestir em títulos e ações brasileiros se não fossem tomadas medidas pelo governo brasileiro para evitar o desmatamento. Mas Salles condenou os países ricos por atacarem o registro ambiental do Brasil, mas falharam em pagar ao país uma quantia proporcional ao valor da proteção da floresta tropical.
 

 

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