Sartori quer mudar a legislação para realizar plebiscito de privatização de estatais

Sartori quer mudar a legislação para realizar plebiscito de privatização de estatais

Proposta reduziria de cinco para três meses o prazo de aprovação da votação

Correio do Povo

Sartori disse que quer ouvir a população para que ela decida o futuro das estatais

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Em pronunciamento no Palácio Piratini, o governador José Ivo Sartori anunciou que encaminhará, ainda nesta quarta-feira, à Assembleia Legislativa um projeto de lei para alterar o prazo para pedido de plebiscitos. Com isso, o governo pretende colocar em votação a privatização da Sulgás, da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e da Companhia Riograndense de Mineração junto com as eleições.

“Vamos entregar hoje um projeto de lei que modifica a legislação sobre prazo para pedido de plebiscito. Estamos reafirmando a nossa determinação de consultar a população sobre o futuro de três empresas estatais gaúchas", anunciou o governador.

Atualmente, para que um plebiscito seja realizado junto com a eleição é preciso que seja aprovado até cinco meses antes do pleito. Com a nova proposta, o Estado pretende reduzir o limite para três meses. O plebiscito não trará custos para a população já que a proposta é que seja realizado junto com o pleito em outubro. 

"O projeto modifica uma lei de 1991, que prevê que a autorização deve ser dada até cinco meses antes das eleições. Essa legislação vai ser modificada para ser adequada e adaptada ao que determina o Tribunal Superior Eleitoral. Junto, vai um pedido de urgência para que seja votado mais rapidamente possível", declarou.

O projeto em regime de urgência também será encaminhado nesta quarta-feira aos deputados, para que a pauta seja discutida nos próximos dias. "Estamos perto do final do prazo e a matéria sequer chegou ao plenário para ser discutida", argumentou o governador que disse que desde 2015 o assunto vem sendo "amplamente discutido".

A privatização das estatais faz parte das contrapartidas do governo do Estado para aderir ao regime de recuperação fiscal e, assim, conseguir a carência do pagamento da dívída com a União por três anos.



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