Sartori volta a defender retorno da CPMF e diz que imposto é "insonegável"

Sartori volta a defender retorno da CPMF e diz que imposto é "insonegável"

Governador do RS quer que valor seja repartido entre União, estados e municípios

Gabriel Jacobsen/Rádio Guaíba

Governador do RS quer que valor seja repartido entre União, estados e municípios

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O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, voltou a defender nesta quarta-feira, em evento no Palácio Piratini, o retorno da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), medida que depende de aprovação do Congresso Nacional.

“Não tenho receio de dizer publicamente que sou a favor da instituição da CPMF. Mas desde que isso seja repartido entre a União, os estados e os municípios, e a colocação seja feita através da população de cada Estado como critério resolutivo, eu não tenho receio de enfrentar, porque eu já fui contra quando foi desativada a CPMF. Não é porque a gente precisa de dinheiro, mas a gente precisa de garantias da sustentação, e também porque considero que é um imposto insonegável”, disse Sartori.

Sartori comentou sobre a CPMF durante lançamento do programa BRDE Municípios. O programa permitirá o repasse de R$ 150 milhões de reais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aos municípios gaúchos. O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) será o responsável pela operação das linhas de crédito. Santa Catarina e Paraná serão beneficiados pelo mesmo programa, recebendo cada um o mesmo valor destinado às prefeituras gaúchas.

A volta do imposto do "cheque"

A CPMF foi extinta em 2007, após ser quatro vezes prorrogada. Neste ano, o governo federal voltou a defender a implementação do imposto como forma de sustentação da Previdência Social. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) enviada pelo governo federal ao Congresso estabelece uma alíquota de 0,2% sobre as movimentações financeiras. Após pressão de entidades de prefeitos, o governo aceitou nessa terça-feira uma nova alíquota de 0,38% (sendo 0,20% para a União; 0,09% para os estados; e 0,09% para municípios).


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