Secretário da Educação avalia saída do cargo

Secretário da Educação avalia saída do cargo

Vieira da Cunha deve tomar decisão depois de reunião com a cúpula do PDT e a bancada estadual do partido

Correio do Povo

Vieira reclama de contingenciamento

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O secretário estadual da Educação, Vieira da Cunha (PDT), define hoje se permanece ou deixa o cargo no governo de José Ivo Sartori (PMDB). A decisão deve ser tomada pelo secretário após a reunião que ocorrerá entre a executiva e a bancada estadual da legenda, na sede do partido, na Capital. Vieira se licenciou da secretaria depois de manifestar seu descontentamento com o contingenciamento de investimentos pelo Executivo estadual, o que estaria inviabilizando a implantação do turno integral nas escolas do Estado, além de projetos e obras nas escolas. A reunião dos pedetistas ocorrerá no final da tarde.

Segundo o presidente estadual do PDT, deputado federal Pompeo de Matos, o tema também será discutido com Sartori, na reunião que o governador conduzirá com os presidentes dos partidos aliados, pela manhã, no Piratini. “Vamos dialogar em ambos momentos, para que a decisão não seja contaminada por pré-julgamentos”, explicou Pompeo de Matos.

O descontentamento com as limitações orçamentárias impostas pelo governo à secretarias também fez, em abril, com que o secretário de Obras, Gerson Burmann (PDT), cogitasse deixar a pasta. Burmann foi convencido a ficar no governo depois de mobilização do partido pela permanência do deputado no cargo.

Pedetistas miram disputa eleitoral

A decisão de Vieira da Cunha (PDT), de sair do governo ou de prosseguir como secretário da Educação no governo José Ivo Sartori, também passa pelo projeto pedetista para as eleições municipais deste ano. Parte dos integrantes do partido considera que Vieira da Cunha deve ser um dos candidatos na disputa pela prefeitura de Porto Alegre. “É uma avaliação que ele deve estar fazendo. Eu e boa parte do partido achamos que o momento político é propício. Com saída da Manuela (deputada estadual Manuela D’Ávila, do PCdoB) da disputa e a fragilização da imagem do PT, o PDT pode ocupar este campo político”, analisa o líder da bancada do PDT na Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Loureiro.

Outros pedetistas, contudo, apontam que a decisão não é tão simples assim. Tem um grande peso, explicam, o desgaste permanente causado por acompanhar os ajustes e cortes promovidos por Sartori, motivo que também levou o secretário de Obras, Gerson Burmann, além de Vieira, a cogitar a saída do governo.

Para o presidente estadual do PDT, Pompeo de Matos, no entanto, o eventual afastamento de Vieira da Cunha ou de Gerson Burmann não encerrará a participação do PDT no governo Sartori. “Ninguém está sozinho em uma decisão que é do partido.”



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