Secretário de Educação de SP descarta militarização de escola de Suzano

Secretário de Educação de SP descarta militarização de escola de Suzano

Possibilidade havia sido anunciada pelo então ministro da Educação, Vélez Rodrigues

AE

Soares afirmou que proposta precisa ser mais discutida com estudantes

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O secretário Estadual de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, descartou a hipótese de militarizar a escola Raul Brasil, em Suzano, cidade da Grande SP, palco de um massacre no dia 13 de março que acabou com nove mortos. Na época, o então ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues, anunciou que Ministério da Educação (MEC) estudava a militarização da unidade de ensino.

Em entrevista à Rádio Eldorado na manhã desta segunda-feira, Soares disse que nem chegou a discutir de forma aprofundada com Vélez a ideia. "Ele apenas mandou um WhatsApp querendo a militarização da escola Raul Brasil e eu disse não, porque não é o que a gente precisa neste momento. A gente precisa discutir mais com o jovem. É saber o que ele (jovem) quer para que a gente possa dar mais orientação e que os estudos sejam dirigidos para os sonhos deles", explicou Soares.

O secretário disse que a ideia de militarização nas escolas será amadurecida se houver interesse de alguma comunidade escolar - em conjunto com diretores, professores e pais. Rossieli Soares avaliou negativamente a intenção do MEC de cortar investimentos nos cursos da área de humanas nas universidades federais. "É uma notícia ruim. Quando a gente discute, por exemplo, a reforma do ensino médio, não é a exclusão de uma área, é ter todas as áreas e o aprofundamento porque é importante, por exemplo, discutir filosofia, história, geografia, sociologia. Enfim, todas as áreas de humanas são fundamentais para o desenvolvimento dos nossos jovens", avaliou.

Sobre a alteração do período de férias escolares dos alunos da rede pública estadual anunciada na última sexta-feira, pelo governador João Doria (PSDB), Soares afirmou que o governo está buscando unificar o calendário com as redes municipais. "Tantos nas (férias) de abril quando as de outubro, as famílias certamente terão de se organizar, por isso que nós estamos buscando unificar o calendário com as redes municipais. Não é só São Paulo (capital), a maioria absoluta dos municípios já faz um calendário de 15 dias em julho", explicou.


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