Sem quórum, Conselho de Ética não consegue votar casos de deputados presos

Sem quórum, Conselho de Ética não consegue votar casos de deputados presos

Apenas 9, dos 11 deputados necessários para votação, compareceram à sessão

AE

Apenas 9, dos 11 deputados necessários para votação, compareceram à sessão

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Por falta de quórum, o Conselho de Ética da Câmara não conseguiu votar nesta terça-feira, a admissibilidade das representações que pedem a cassação dos mandatos dos deputados presos Paulo Maluf (PP-SP), Celso Jacob (MDB-RJ) e João Rodrigues (PSD-SC). Após uma hora de espera e faltando apenas dois membros para atingir o quórum mínimo de 11 presentes, o presidente do colegiado, Elmar Nascimento (DEM-BA), decidiu cancelar a reunião. "Não posso abrir a reunião sem quórum", lamentou Nascimento. O esvaziamento da reunião é uma sinalização da indisposição dos parlamentares em dar celeridade aos processos dos colegas representados.

Apenas nove deputados marcaram presença na reunião marcada para votar a admissibilidade dos processos por quebra de decoro parlamentar. Dos 21 membros titulares, eram necessários 11 membros presentes no conselho para a sessão ser aberta. Quando Nascimento cancelou a sessão, após uma hora de espera, a Casa tinha a presença registrada de quase 400 deputados.

Nascimento remarcou a sessão para a próxima semana. Um mês após a instauração dos processos disciplinares, os relatores escolhidos já protocolaram seus pareceres e deveriam apresentá-los nesta terça-feira aos seus pares. Se o colegiado votar pelo prosseguimento das ações por quebra de decoro, os parlamentares terão até 10 dias úteis para apresentar suas defesas por escrito. A fase de instrução probatória é de 40 dias úteis e, neste período, o relator terá de apresentar um parecer final pela cassação do mandato ou arquivamento do caso.

Falta de quórum

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, Elmar Nascimento (DEM-BA), criticou seus pares por não terem dado quórum na reunião desta tarde. "Cada um vai ter que assumir as suas responsabilidades. Eu garanto a vocês que todas as reuniões semanais que eu estarei aqui convocando eu estarei presente. Agora os outros deputados, cada um vai arcar com a sua responsabilidade", afirmou.

A ausência dos parlamentares atrasará o andamento dos processos disciplinares. "Não tenha dúvidas de que atrasa. Nunca teve tanto processo andando ao mesmo tempo, serão oito em andamento. Ou a gente começa a não faltar e as coisas andarem ou fica difícil", reclamou. Sem número suficiente de parlamentares no plenário, o colegiado também não decidiu se vai continuar a ação por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão do ex-ministro do governo de Michel Temer, Geddel Vieira Lima, também preso.

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