Sem vontade política, novas eleições podem ser descartadas, diz Paim
Alternativa indicaria novo pleito para 2 de outubro
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“O trâmite legal é a CCJ, que vai ter um tempo que (os senadores) acharem necessário, já que não há limite; depois vai para o plenário do Senado e depois vai para a Câmara (dos Deputados) que vai montar uma comissão especial. Por isso que eu digo: se não houver vontade política e acordo, só o trâmite legal já dura dois, três meses. Tem vezes que você vota uma proposta dessas em uma semana e, outras, que estão lá há dez anos. Vai atrasar (a discussão e o trâmite) porque está claro já que o Michel Temer e a turma do Eduardo Cunha dizem que não aceitam, falam que vão para o poder e pronto. É difícil de acontecer, a não ser que eles mudem de opinião. Tudo pode acontecer naquele Congresso”, explicou o senador gaúcho.
A proposta prevê que o presidente e o vice eleitos em outubro tenham mandato tampão de dois anos, contados a partir de 1º de janeiro de 2017. Assim, uma nova chapa presidencial deve ser eleita no pleito de 2018 e assumir em 2019. De acordo com os autores da proposta, a PEC não busca suspender os debates sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff e, sim, seguir paralelamente a ele. O processo chegou ao Senado na terça-feira, depois de ter a admissibilidade aprovada no domingo passado, na Câmara.