Servidores estaduais protestam em frente ao Piratini contra pacote de Sartori

Servidores estaduais protestam em frente ao Piratini contra pacote de Sartori

Categoria devem seguir mobilizadas até que conjunto seja votado na Assembleia Legislativa

Jessica Hübler

Servidores estaduais ocupam Praça da Matriz

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Servidores estaduais de diversas categorias seguem mobilizados na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, protestando contra o pacote apresentado pelo governador José Ivo Sartori que extingue 11 órgãos ligados ao Executivo. Segundo o governo, serão demitidos entre 1,1 mil e 1,2 mil servidores – entre efetivos e cargos de confiança.

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Para a diretora do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul (Semapi/RS), Regina Abrahão, o governador Sartori não conhece o Estado que ele está destruindo. “Que ele pare de gastar com as comitivas de viagem para economizar”, disse Abrahão.

Os três deputados da oposição Pedro Ruas (Psol), Stela Farias (PT) e Manoela d’Ávila (PCdoB), foram à Praça da Matriz dialogar com os servidores sobre o pacote, que foi entregue na Assembleia Legislativa e agora deve seguir para votação. Os funcionários do Estado, que estão protestando contra a extinção dos órgãos públicos e mudanças em regras do serviço público, passaram o dia debatendo sobre a importância de cada um dos órgãos que deve ser extinto se o pacote for aprovado.

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De acordo com o assessor superior da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Carlos Schantz, o governo quer jogar na lata do lixo as fundações. “Se este pacote for aprovado será uma perda absurda para o Rio Grande do Sul”, destacou Schantz. Em relação à Companhia Estadual de Energia Elétrica do RS (CEEE), a funcionária da área financeira da CEEE, Rosaura Mello, mostrou um abaixo-assinado que está sendo realizado contra a privatização da companhia. “Mais de 60 folhas do nosso manifesto já foram assinadas. Esse pacote é um absurdo, uma maldade, eu acho que os deputados não vão deixar isso passar”, ressaltou Mello.

O agente administrativo da Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), Job Osório, ficou revoltado ao ver a Assembleia Legislativa com as portas fechadas. “A causa da crise está dentro do Palácio. E a casa do povo, que está fechada? Esta tropa de privatizadores está vendendo o Estado”, protestou Osório.

As categorias devem seguir mobilizadas até que o pacote seja votado pelos parlamentares.

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