Simon: "Reação do Rio não é contra um deputado, mas contra os gaúchos"

Simon: "Reação do Rio não é contra um deputado, mas contra os gaúchos"

Yeda e bancada federal do Estado se reúnem na segunda para defender emenda Ibsen Pinheiro

Gustavo Mota/Rádio Guaíba

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O senador Pedro Simon (PMDB-RS) se mostrou indignado com a reação do Rio de Janeiro à emenda do deputado federal Ibsen Pinheiro, que redistribui os royalties do petróleo entres todos os Estados brasileiros. O peemedebista afirmou, nesta quinta-feira, que a revolta dos cariocas "não é contra o autor da proposta mas, sim, contra todos os gaúchos, porque a bancada federal votou unida a favor da proposta”. 

O senador espera que as declarações do ex-ministro Tarso Genro (PT-RS) não sejam contrárias à emenda do deputado federal gaúcho, que, segundo ele, atende aos interesses de todos os Estados - incluindo o Rio Grande do Sul. Na quarta-feira, Genro recebeu uma homenagem no Rio, coincidentemente no momento em que aquele Estado se rebela contra a proposta. Simon fez esta manifestação devido às falas do ex-ministro, que se mostrou favorável à revisão da emenda Ibsen e de uma composição para superar o impasse. 

Simon garantiu que estranhou o "apoio simbólico que Tarso recebeu por parte do governador do Rio e do prefeito, que são peemedebistas". O senador confirmou que a pedido de Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) apresentará no Senado a Emenda da Paz. Pela proposta, a União, que hoje fica com a maior parte dos impostos no Brasil, deve repor as perdas que Estados produtores de petróleo, como Rio de Janeiro, terão com essa nova distribuição dos royalties. Simon espera que o presidente Lula "que é o homem que prega a paz no Oriente Médio e no mundo", aceite esta proposta para acabar com a animosidade entre os Estados.

Reunião na segunda-feira

A governadora Yeda Crusius informou, por meio de sua assessoria, que acertou com o deputado Ibsen Pinheiro, do PMDB, a realização de reunião com a bancada federal gaúcha, na próxima segunda-feira. O objetivo é definir a estratégia de pressão para que o Senado também aprove a emenda do peemedebista, que distribui os royalties do petróleo brasileiro de maneira equânime. 

Isto mudaria a atual sistemática e estabeleceria critérios de distribuição para quando entrarem as riquezas do pré-sal. Além disso, deverão definir reação à campanha liderada pelo Rio de janeiro contrária às mudanças.

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