Simpa deve questionar constitucionalidade de lei que prevê multa para manifestações

Simpa deve questionar constitucionalidade de lei que prevê multa para manifestações

Projeto foi sancionado pelo prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., nesta terça-feira

Correio do Povo

Marchezan sancionou lei que prevê multas para manifestações

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A lei sancionada pelo prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, nesta terça-feira que prevê multas de até R$ 400 mil para quem realizar manifestações sem autorização prévia na Capital deverá ter a constitucionalidade questionada pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa). O diretor da entidade Alberto Terres afirmou ao Correio do Povo que o sindicato deverá entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o Executivo.

“Nós recebemos a sanção da lei com indignação. Estamos entrando em contato com a nossa assessoria jurídica e vamos estudar a entrada com uma Adin contra essa lei. Antes não poderíamos nos manifestar porque o projeto ainda estava em tramitação’, afirmou Terres.

O diretor do Simpa declarou ainda que, ao sancionar a lei Marchezan, deu sequência a sua política de tentar travar as manifestações públicas. “Para nós não é novidade. Ao longo do seu governo, o prefeito tem reiteradas vezes perseguido os movimentos sociais  entrando com ações judiciais contra todos os grupos que têm mostrado contrariedade aos projetos apresentados por ele para a cidade”, disse.

“No projeto está previsto multa de até R$ 400 mil por destruir patrimônio da cidade. Se for assim, o prefeito está endividado. Teremos de entrar pedindo indenização do prefeito por destruir a cidade, que está cheia de buracos nas ruas e por matos por toda partida. As políticas públicas estão sendo acabadas pelo prefeito”, completou.

Mesmo com a nova lei, o Simpa garante que não deixará se realizar manifestações contra a prefeitura. “Nós continuaremos sempre que necessário fazendo as nossas manifestações. Não será por essa lei que deixaremos de cumprir com a nossa cidadania, que está garantida na constituição. Os municipários sempre participaram de todo o processo democrático construído na cidade de Porto Alegre”, garantiu.

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