"Simples caixa de correspondência", diz defesa de Bolsonaro sobre celular de Mauro Cid

"Simples caixa de correspondência", diz defesa de Bolsonaro sobre celular de Mauro Cid

Advogados também alegam que as mensagens comprovam que o ex-presidente não participou de conversas sobre golpe de Estado

R7

O presidente Jair Bolsonaro

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou um comunicado após a repercussão das mensagens encontradas pela Polícia Federal no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, contendo informações e pedidos para um golpe de Estado. Segundo os advogados, pela função de Cid em receber as demandas do ex-chefe do Executivo, o aparelho dele "por diversas ocasiões se transformou numa simples caixa de correspondência que registrava as mais diversas lamentações".

Por não haver a presença direta do ex-presidente nos grupos de conversa, os advogados alegam, ainda, que os diálogos "comprovam, mais uma vez, que o presidente Bolsonaro jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe".

A Polícia Federal encontrou no celular do ex-ajudante instruções para golpe de Estado. O documento detalhava o passo a passo para que as Forças Armadas assumissem o comando do país após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições. O arquivo constava em conversas de Cid com um oficial das Forças Armadas, o coronel Jean Lawand Junior. 

Entre os pontos listados estava a nomeação de um interventor e o afastamento e a abertura de investigações contra ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento também pedia para que fosse fixado um prazo para a realização de novas eleições.

Por meio de nota, o Exército informou que "opiniões e comentários pessoais não representam" a Força e que "eventuais condutas individuais julgadas irregulares serão tratadas no âmbito judicial" e na esfera administrativa. 


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