Sindicatos rechaçam proposta de Sartori para limitar cedência de servidores
Entidades de classe acusam governo do Estado de "amordaçar trabalhadores"
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Conforme o presidente do Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil (Ugeirm/Sindicato), Isaac Ortiz, o governador pretende acabar com o movimento sindical. “A intenção do governo é amordaçar os trabalhadores e impedir que façam a luta contra esse desgoverno que não tem projetos para a saúde, educação e segurança. Em vez de resolver os problemas, tenta acabar com os sindicatos. Mas ele está enganado”, disse.
Helenir Schürer, presidente do Cpers/Sindicato, maior entidade sindical do Rio Grande do Sul, garante que a mobilização na Assembleia Legislativa vai continuar. Ao contrário, ressaltou a professora: “Vamos novamente voltar para dentro da Assembleia para fazer a discussão. Acho importante que o governo se pensa que vai impedir nossa atividade está muito enganado. Vamos chamar professores da ativa e aposentados para tentar barrar a proposta”.
A coordenação do chamado Movimento Unificado, que agrega vários sindicatos, vai se reunir na próxima segunda-feira para estabelecer uma agenda de mobilizações. A tendência é pela presença massiva nas votações dos projetos remanescentes do pacote de austeridade do governo e esse novo projeto, que entra no lugar da PEC que previa a extinção das cedências. Uma PEC necessita de 33 votos, em dois turnos, para ser aprovada. Já um projeto de lei necessita de maioria simples para ser aprovado, ou seja, 28.
O Estado justifica que, atualmente, são gastos cerca de R$ 40 milhões com 310 funcionários públicos cedidos a entidades sindicais. A Casa Civil ainda não estimou o impacto financeiro da medida.