Sindicatos rechaçam proposta de Sartori para limitar cedência de servidores

Sindicatos rechaçam proposta de Sartori para limitar cedência de servidores

Entidades de classe acusam governo do Estado de "amordaçar trabalhadores"

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Entidades de classe acusam governo do Estado de "amordaçar trabalhadores"

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A mudança de estratégia do governo José Ivo Sartori em relação à proposta para os servidores cedidos a sindicatos vai gerar tanto barulho na Assembleia Legislativa quanto a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 256), que tramita desde o ano passado no Legislativo, e previa a extinção total da cedência. As principais entidades repudiaram a imposição de limite de um servidor por categoria.

Conforme o presidente do Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil (Ugeirm/Sindicato), Isaac Ortiz, o governador pretende acabar com o movimento sindical. “A intenção do governo é amordaçar os trabalhadores e impedir que façam a luta contra esse desgoverno que não tem projetos para a saúde, educação e segurança. Em vez de resolver os problemas, tenta acabar com os sindicatos. Mas ele está enganado”, disse.

Helenir Schürer, presidente do Cpers/Sindicato, maior entidade sindical do Rio Grande do Sul, garante que a mobilização na Assembleia Legislativa vai continuar. Ao contrário, ressaltou a professora: “Vamos novamente voltar para dentro da Assembleia para fazer a discussão. Acho importante que o governo se pensa que vai impedir nossa atividade está muito enganado. Vamos chamar professores da ativa e aposentados para tentar barrar a proposta”.

A coordenação do chamado Movimento Unificado, que agrega vários sindicatos, vai se reunir na próxima segunda-feira para estabelecer uma agenda de mobilizações. A tendência é pela presença massiva nas votações dos projetos remanescentes do pacote de austeridade do governo e esse novo projeto, que entra no lugar da PEC que previa a extinção das cedências. Uma PEC necessita de 33 votos, em dois turnos, para ser aprovada. Já um projeto de lei necessita de maioria simples para ser aprovado, ou seja, 28.

O Estado justifica que, atualmente, são gastos cerca de R$ 40 milhões com 310 funcionários públicos cedidos a entidades sindicais. A Casa Civil ainda não estimou o impacto financeiro da medida.

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