Sociedade Brasileira de Imunizações pede retomada da vacinação para adolescentes

Sociedade Brasileira de Imunizações pede retomada da vacinação para adolescentes

Entidade afirma que não há evidências científicas que embasem decisão de suspender imunização dos sem comorbidades

Flavia Bemfica

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A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) divulgou, no final do dia desta quinta-feira, uma nota com seu posicionamento oficial sobre a recomendação do Ministério da Saúde de suspender a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. A entidade afirma que não há evidências científicas que embasem a decisão de interromper a vacinação de adolescentes, com ou sem comorbidades, e assinala que o processo deve ser retomado “de acordo com o que já foi avaliado, liberado e indicado pela Anvisa.”

No documento, a SBIm argumenta que as justificativas apresentadas pelo ministério não são claras ou não possuem sustentação, e elenca nove pontos para se contrapor à suspensão da aplicação de doses em adolescentes sem comorbidades. No primeiro deles, a SBIm assinala que a OMS não é contrária à vacinação de adolescentes. No ponto 7, traz a público informações que constam na Nota Técnica 1057/2021, também do Ministério da Saúde, e publicada no dia 15, mesma data em que foi publicada a Nota Informativa recomendando a suspensão.

A Nota 1057 (sobre orientações para identificação, investigação e manejo de eventos adversos de miocardite/pericardite no contexto da vacinação contra a COVID-19)  diz que “o risco/benefício da vacina é altamente favorável, uma vez que o risco da doença COVID-19 na ausência da vacinação e o desenvolvimento de formas graves é maior do que a baixa probabilidade da ocorrência de um evento adverso.” O documento do ministério também conclui que os episódios de miocardite/pericardite, com provável associação à vacina, ocorreram de forma leve e com boa evolução clínica, e recomenda a manutenção da vacinação “para toda população com indicação para o imunizante, principalmente pelo risco da doença COVID-19 e suas sequelas superarem o baixo risco de um evento adverso pós-vacinação.”

 


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