Tarcísio pede que parlamentares paulistas travem votação da reforma tributária na Câmara

Tarcísio pede que parlamentares paulistas travem votação da reforma tributária na Câmara

Governador tenta somar força política para conseguir mudanças no texto; votação da proposta deve acontecer na próxima semana

R7

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pediu que parlamentares paulistas que travem a votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, que pode acontecer na próxima semana. A intenção é adiar a análise do tema em plenário para o segundo semestre do ano e, com isso, ganhar tempo para discutir modificações no texto. 

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o líder da bancada paulista na Câmara, deputado Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP), e representantes do setor de Serviços também participaram da reunião, que aconteceu nesta sexta-feira (30), no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.

No encontro, o governador traçou um cenário "preocupante" da reforma tributária e disse que apoiar a proposta é "votar contra o Brasil e contra São Paulo". No domingo (2), Tarcísio deve reunir novamente deputados federais da bancada paulista para somar força política e pressionar o relator da proposta, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

A bancada do PL na Câmara deve orientar contra o texto. Além disso, o presidente nacional do PSD e secretário de Governo de SP, Gilberto Kassab, sinalizou que vai fazer coro contra a reforma. O PSD é um partido aliado do governo Lula no Congresso.

O principal ponto de discórdia tem a ver com Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Tarcísio não se opõe ao princípio de cobrança do imposto unificado, que será pago uma vez e descontado nas etapas seguintes da produção. Por outro lado, não aceita o Conselho Federativo para administrar a receita única. Para ele, o conselho uma "retirada de autonomia" dos estados.

Outro ponto sensível tem a ver com o critério de distribuição do Fundo de Desenvolvimento Regional. A maioria dos estados aprova o critério do PIB "invertido", com os estados mais pobres ficando com mais recursos. No entanto, na avaliação do governador, o sistema prejudica São Paulo. 


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