Tarso anuncia reajuste do mínimo regional nesta terça
Centrais sindicais pediram 16% e que o benefício entre em vigor em janeiro
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Percentual irá englobar não apenas a reposição da inflação no período, mas incluirá ainda ganho real. O índice de reajuste ficará na casa dos dois dígitos e pode ser superior ao enviado e aprovado pelo Legislativo em dezembro de 2013, aplicado neste ano, de 12,72%.
As Centrais Sindicais apresentaram no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS) proposta para que o reajuste fique em 16%. Inclusão de novas categorias para o recebimento do piso, alterações de faixas para categorias já incluídas e a solicitação de que o mínimo regional passe a vigorar em janeiro (hoje, o aumento vale a partir de maio) também foram demandas apresentadas pelos trabalhadores.
O salário mínimo regional no RS está 20% acima do salário mínimo nacional, no valor de R$ 868 (faixa 1), contemplando cerca de 1,1 milhão de trabalhadores. No início do ano, Tarso sancionou reajuste de 12,72%. As Centrais reivindicaram 16,8% e as federações empresariais ofereceram 5,3%. A Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade o índice sugerido.
Primeiro encontro com Sartori
Tarso se reúne pela primeira vez após a eleição com seu sucessor, José Ivo Sartori, no Palácio Piratini. Na semana passada, representantes indicados pelos dois haviam tido breve encontro em que definiram as bases para o processo de transição. Segundo a assessoria de imprensa de Tarso, o objetivo do encontro será estabelecer a relação que vai nortear a transição. Nesta segunda, Sartori visitou o Centro de Treinamento da Procergs, local dos encontros entre as equipes de transição, e participou de reunião fechada com Carlos Búrigo, braço direito do governador eleito, e o deputado federal Beto Albuquerque (PSB).
Tarso e Sartori já conversaram duas vezes após o pleito, por telefone. A primeira foi logo após a consolidação do resultado do segundo turno, quando Tarso ligou para Sartori reconhecendo a derrota. Na quarta-feira passada, dia em que foi aprovada pelo Congresso a renegociação da dívida dos estados e municípios com a União, eles conversaram novamente.
Desde o final da eleição, no processo de transição, o governador eleito, ex-prefeito de Caxias do Sul, tem especial atenção sobre a situação financeira vivida pelo RS. Cerca de 30 técnicos nomeados por Sartori já estão trabalhando no acesso às informações. A intenção é solicitar ao atual governo uma espécie de radiografia das finanças do Estado, que hoje compromete cerca de 13% de sua receita líquida corrente com o pagamento da dívida pública e carece de recursos próprios para investir.