Tarso defende candidatura de Lula à presidência em 2018
Ex-governador disse que PT precisa se unir para dar apoio à Dilma Rousseff
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Ao ser questionado se era favorável a candidatura de Lula, Tarso Genro prontamente respondeu de forma positiva. Apesar disso, ele garantiu que o tema ainda não é tratado pelo ex-presidente, que defende a mobilização do PT para dar apoio e estabilidade ao governo Dilma Rousseff.
“Na minha opinião, sim (Lula deve ser o candidato). Nós conversamos normalmente e ele pensa que não é o momento para falarmos sobre isso porque agora a obrigação é ajudar o país a sair da crise e dar estabilidade para a presidenta. Nós temos que dar essa estabilidade para a presidenta porque há um movimento golpista no país. Mesmo não apoiando algumas decisões, temos que apoiar e dar estabilidade ao governo até 2018. A minha opinião e de muitos outros companheiros é de formar uma nova frente política mais clara, mas programática e com capacidade de incidência em seus deputados e governadores para o próximo governo, independente de quem for, tenha estabilidade para tocar o país adiante”, afirmou.
Tarso Genro também admitiu o momento de crise política no PT, mas defendeu que o partido não pode levar a culpa por erros de alguns dos seus integrantes. “O cenário é muito ruim. O PT é um partido que deveria pela sua direção fazer uma autocrítica pública sobre erros que militantes cometeram. É um erro dizer que o PT cometeu um crime. Quem comete o crime são pessoas. O PT como governo hoje é acessório do governo. Se o governo sucumbir nesse processo, leva o PT junto. Se essas medidas derem certo, o mérito vai ser de quem está aplicando essas medidas. A crise política do PT está no auge e daqui em diante vamos nos recuperar para chegar em 2018 com uma nova proposta”, seguiu.
Em relação ao Rio Grande do Sul, Tarso Genro evitou fazer comentários diretos sobre o governo de José Ivo Sartori. No entanto, criticou de forma geral a austeridade, uma política adotada pelo atual Governo do Estado.
“O Brasil ou o Rio Grande do Sul tem que sair da crise crescendo. Se sai contendo os juros e não subindo. Para isso precisa de uma sustentação política interna e externa. Tem que desenvolver um conjunto de políticas internas que distribua os sacrifícios. Se os estados compartilharem soluções de austeridade, isso estoura no trabalhador e no pequeno empresário, e já está estourando no Brasil e no Rio Grande do Sul”, declarou.
