Tarso Genro considera difícil Dilma reverter situação do impeachment

Tarso Genro considera difícil Dilma reverter situação do impeachment

Ex-governador garantiu que só retornará para a política caso uma nova constituinte for instalada

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Tarso defendeu a realização de uma eleição geral para solucionar o rompimento democrático no país

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O ex-governador Tarso Genro revelou nesta sexta-feira que considera difícil a presidente afastada Dilma Rousseff reverter a tendência de impeachment no Senado. O representante do Partido dos Trabalhadores concedeu entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.

“Temos um grave problema econômico/financeiro e uma crise política muito séria. Temos um governo ilegítimo e que não consegue desatar o novelo da crise. Parece que vai ser mantido, pois teria conseguido a maioria. Para uma crise desta dimensão, só legitimando os poderes do estado. Temos que devolver a soberania popular para ela nos dizer para onde nós vamos. Eu defendo eleições gerais, mas o plebiscito pode determinar uma nova eleição”, afirmou o político.

Sobre as críticas que tem feito sobre a atuação da Lava Jato, Tarso explicou que teme que os processos sejam anulados pela forma como algumas coisas estão sendo feito, como as conduções coercivas. “O PT é atacado como se fosse o criador da corrupção do Brasil. Houve uma manipulação muito grande da população para chegar ao impedimento da Dilma e para aplicar esse reajuste que o (presidente Michel) Temer está fazendo. Se essas notícias versassem para educar o país contra a corrupção seria contra todos e, não 90% contra o PT. Continuem os inquéritos, vamos prestigiar a Lava Jato e a coloquem dentro da lei, para que tenha efeito. Depois vamos para o debate político, para que o poder político seja relegitimado”, disse Genro.

Tarso Genro afirmou também que não tem mais intenção de participar da vida pública, com uma única exceção. “Tenho dito para os meus amigos que, se abrisse um processo constituinte no Brasil, revisaria a minha posição. Poderia contribuir, mas não tenho nenhuma pretensão ou fascínio para ocupar cargos. Já ocupei quase todos e dei minha contribuição. Quero ajudar com as novas gerações de quadros políticos, de gestores técnicos de quadro partidários, seja em que campo for, para recuperar o projeto democrático no país que está bastante machucado”, declarou o ex-governador.

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