Tarso nega contrariar promessa de pagamento do piso do Magistério

Tarso nega contrariar promessa de pagamento do piso do Magistério

Ação movida por seis estados contesta índice de reajuste do salário dos professores

Voltaire Porto / Rádio Guaíba

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O governador Tarso Genro afirmou que a ação direta de inconstitucionalidade movida pelo Rio Grande do Sul e outros cinco estados contestando o índice de reajuste do piso nacional do Magistério não contraria promessas de campanha. Segundo ele, desde a época da eleição, o anunciado era que se pagaria o valor corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Tarso disse que, independentemente da decisão do Supremo Tribunal Federal (TF), não há motivos de preocupação. "Não é preciso fazer alarde. Qualquer que seja o resultado, não se muda a realidade do Estado. Hoje, aqui no Rio Grande do Sul, nenhum professor recebe abaixo de R$1.451", afirmou.

Em nota emitida pela assessoria de imprensa do Palácio Piratini, o governo diz que "a defesa do piso corrigido pelo INPC visa a diferenciar o que é atualização da base salarial com base na inflação do que é aumento salarial real".  E reforça dizendo que "aumento salarial real é uma prerrogativa da negociação dos Estados e não pode ser determinado pela União sem que haja repasse de recursos para o seu cumprimento", conforme o texto.

A presidente do Cpers-Sindicato, Rejane de Oliveira, disse que há motivos para preocupações com a postura do governo. Segundo Rejane, além de se unir a adversários tradicionais, o governador ainda age como a gestão anterior que criticava. "Ao recorrer à Justiça, (Tarso Genro) faz exatamente como a ex-governadora Yeda Crusius, sendo que Tarso, na campanha, ainda teria prometido retirar a ação do antigo governo e jamais promover questionamentos jurídicos sobre o pagamento do piso. O governador não está reconhecendo a própria assinatura em uma lei criada por ele", argumentou Rejane.

Conforme a lei do piso, de 2008, o reajuste com base o índice do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), que no último ano foi de 22%, deve ser concedido a partir de janeiro.

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