Tarso visita escola intoxicada e pede desculpa em nome do Estado

Foram retomadas as aulas na Escola Estadual Doutor Pacheco Prates, no bairro Belém Velho, zona Sul de Porto Alegre, em que 37 pessoas receberam atendimento médico com suspeita de envenenamento após o almoço na última quinta-feira. Além dos 603 alunos, o governador Tarso Genro compareceu ao colégio nesta terça-feira. Acompanhado de membros do seu secretariado, ele cumprimentou estudantes, professores e funcionários, e, em entrevista coletiva, pediu desculpa pela ocorrência em nome do Estado.

"Pedimos desculpa pelo que aconteceu. O governo tem que ter a coragem de assumir plena responsabilidade pelo que aconteceu. Vamos tomar todas as medidas para que isso jamais ocorra novamente no Estado", afirmou.

Tarso afirmou que o modelo de contratações será revisto. "Vamos passar um pente fino nestes contratos emergenciais que selecionam pessoas sem concurso para as escolas, principalmente as do Ensino Fundamental, onde há tamanha concentração de crianças", disse, em referência à merendeira de 23 anos suspeita de ser a reponsável pela intoxicação.

Provisioriamente, porém, a substituição da merendeira, que teve prisão preventiva decretada e está foragida da Justiça, será feita pela contratação emergencial "de alguém indicado pela comunidade escolar", informou o governador.


Governador conversou com alunos e elogiou índices de qualidade da escola | Crédito: Paulo Nunes

Tarso elogiou a escola, que o deixa "orgulhoso" por já ter atingido índices de qualidade previstos para 2014, e prometeu providências para a "organização física" da instituição, que podem ser melhoradas. "Assumimos o compromisso de atenção redobrada com esta escola nas próximas seleções, e a Secretaria de Saúde está orientada a dar às crianças que ainda recebem atendimento tudo que elas precisam."

A diretora Sônia Koucher elogiou a presença de Tarso e explicou que a visita trouxe tranqüilidade aos pais e alunos. “Eles puderam conversar livremente (com o governador) e fazer perguntas sobre o que achavam que era necessário para este momento.” Para Sônia, a repercussão em torno do envenenamento foi importante para chamar a atenção para as escolas públicas. “É preciso ter um olhar mais atento sobre a educação em todos os aspectos”, afirmou.

A cozinha do colégio está interditada. O refeitório passará por uma impeza feita por empresa especializada em desintoxicação, e os alimentos serão descartados.