Temer defende "estudar" adoção do voto facultativo

Temer defende "estudar" adoção do voto facultativo

PEC sobre tema foi analisada em 2015, mas rechaçada pela Câmara dos Deputados

AE

O ex-presidente Michel Temer (MDB)

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O presidente Michel Temer afirmou que o alto volume de votos em branco e nulos verificado nas eleições municipais deste ano significa que, "talvez, seja a hipótese de se estudar o voto facultativo". A declaração foi dada durante
entrevista ao programa Mariana Godoy Entrevista, da Rede TV!, que foi ao ar na noite de sexta-feira. O fim do voto obrigatório é um dos pontos da reforma política para o qual não há consenso entre os parlamentares. Para o peemedebista, as propostas de mudança devem ser debatidas pelo Congresso e não via Executivo.

De acordo com Temer, o voto facultativo, caso aprovado pelo Congresso, deveria vir acompanhado de "pregação de cidadania". "Quando você vai ao advogado, ao médico, eles são de confiança. Nas eleições, você está dando uma procuração para uma coisa mais grave que é dirigir os destinos do País", disse.

No ano passado, ao analisar proposta de emenda à Constituição sobre o tema, a maioria dos parlamentares da Câmara votou contra relatório do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) que defendia o voto facultativo sob o argumento de que a democracia brasileira não está "madura" o suficiente para adotar a medida no País.

O presidente admitiu que hoje há um mal-estar com a classe política. "Às vezes, a crítica vem pelo silêncio, pela abstenção ou pelo voto nulo", declarou. Para o presidente, a classe política deveria compreender que "tem alguma coisa errada". "O político tem que servir ao povo e não ao seu mandato", afirmou.

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