Temer diz em evento do PMDB que seu governo enfrentou "oposições ferozes"

Temer diz em evento do PMDB que seu governo enfrentou "oposições ferozes"

Presidente defendeu reforma, que teve votação adiada para fevereiro de 2018

Agência Brasil

Temer diz em evento do PMDB que seu governo enfrentou "oposições ferozes"

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Em evento nesta segunda-feira, do PMDB, o presidente Michel Temer, disse que enfrentou "oposições ferozes" ao longo de seu governo e que tem levado a frente uma agenda de reformas para fazer uma "revolução" na política administrativa e economia do país. "Estamos falando de um governo que tem pouco mais de um ano e meio com todas as oposições, digamos assim, ferozes, que foram realizadas ao longo desse período. A primeira delas, me recordo, foi dizer que teve um golpe". E completou: "Se nos Estados Unidos se dissesse que quando o vice assume a Presidência face a um eventual impedimento do presidente, isto é um golpe, qualquer americano ficaria corado. Mas aqui não, havia uma certa desfaçatez".

Temer voltou a defendeu a reforma da Previdência, que teve a votação adiada para 2018, e disse que já está na agenda do governo a simplificação tributária. O presidente citou as próximas eleições, em outubro de 2018, e disse que quem for candidato à Presidência da República e se propuser a fazer um governo de reformas, terá marcado na sua campanha a tese do PMDB.

O presidente citou o documento Ponte para o Futuro, construído pelo partido, apresentado após as últimas eleições, e disse que ao chegar o poder, o PMDB implementou as mudanças propostas. "Foi a primeira vez que o PMDB chegou ao poder com um programa determinado. Claro que não se esperava chegar ao poder, foi uma questão político-institucional que trouxe o PMDB à Presidência da República. Pela primeira vez você leva um programa de governo que está sendo seguido à risca", disse.

O ministro da Secretaria-geral da Presidência, Moreira Franco, abriu o evento do PMDB e defendeu que o legado do governo do presidente Temer seja mantido para completar o ciclo de desenvolvimento o país. "As medidas tomadas são aquela que estão nos levando e nos levarão inevitavelmente ao século 21, garantindo direitos, liberdades e sobretudo emprego e renda", disse.

Moreira disse que "precisamos mobilizar todo esse capital que temos para garantir que as conquistas que obtivemos agora e que vamos obter ao longo deste ano possam se projetar no futuro, completando o ciclo de transformação econômica, social e política que nosso partido iniciou há mais de 50 anos".

A exemplo do presidente Temer, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, voltou a defender a reforma previdenciária. "Nós superamos a crise e estamos dando condições de crescimento e de geração de emprego. Mas temos ainda um grande desafio, a reforma da Previdência", disse.

"Sobre isso, vou apresentar alguns números. O déficit da Previdência no ano passado foi de R$ 227 bilhões. Já o déficit projetado para esse ano é de R$ 270 bilhões. Com isso teremos R$ 43 bilhões a mais apenas na variação 2016-2017", explicou. Em sua fala, o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), disse que, entre as deliberações a serem feitas na convenção do partido está a de alterar o nome do partido para MDB, desfazendo algo que, segundo ele, foi feito a partir de determinações da ditadura militar. Segundo Jucá, a mudança de nome é também motivada pelo fato de, atualmente, os partidos políticos estarem estigmatizados e pela dinâmica que é associada à palavra movimento.

"Amanhã (terça-feira), na convenção, vamos tomar duas decisões. A primeira é a de trazer de volta o nome MDB", disse o presidente da legenda. "[Essa mudança tinha sido feita] porque o governo militar quis descaracterizar os partidos. Foi aí que viramos PMDB", lembrou Jucá. "Mas no momento atual, onde existe ação estigmatizada de partidos políticos, ibge silga
discutimos com os estados e viu-se a concordância de voltarmos para [o nome] MDB, porque movimento é uma palavra dinâmica. Voltando à palavra movimento venderemos uma imagem de força política maior ainda", defendeu o presidente do PMDB.

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