"Tenho a consciência limpíssima", diz Pizzolato
Ex-diretor também criticou o processo do mensalão, que determinou a sua prisão
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Segundo Pizzolato, a cadeia em Modena foi melhor do que os oito anos passados no Brasil esperando o julgamento do mensalão "sem poder sair de casa", sendo "agredido" e "torturado nas ruas". Ele voltou a classificar o julgamento como um processo injusto.
Pizzolato afirmou que deixou o Brasil "para salvar sua vida", e que qualquer outra pessoa faria o mesmo. O ex-diretor também criticou o processo do mensalão, que determinou a sua prisão. "Foi um processo injusto, mentiroso. Esconderam as provas e é lamentável que isso aconteça em pleno século 20. A Polícia Federal, o Instituto Nacional de Criminalística foi claríssimo e disse que eu não tinha nada a ver com aquilo", recordou.
Na decisão da Corte de Apelação de Bolonha, os juízes entenderam que os presídios nacionais não têm condições de garantir a integridade do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil. Em resposta ao governo italiano, a Procuradoria-geral da República e o Supremo informaram que teriam condições de dar segurança a Pizzolato. Ele deveria ficar preso no Presídio da Papuda, no Distrito Federal, caso fosse extraditado.