Time de Pazuello começa a deixar o Ministério da Saúde

Time de Pazuello começa a deixar o Ministério da Saúde

Primeiras três baixas foram anunciadas hoje, todos homens de confiança e do trato direto com ex-ministro

R7

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No dia seguinte à despedida do general Eduardo Pazuello do cargo de Ministro da Saúde, com um desabafo e uma determinação a auxiliares que permaneçam em seus postos até segunda ordem, três de seus assessores diretos anunciaram nesta quinta-feira que deixam seus cargos. A renúncia foi noticiada pelo agora ex-assessor de comunicação Markinhos Marques, a quem Pazuello havia confiado as missões de gerenciar a interação estratégica do ministério com a imprensa e cuidar da imagem pública da pasta.

Também deixam seus cargos Zoser Hardman, ex-Assessor especial do ministro para assuntos jurídicos e Airton Cascavel, ex-Assessor Institucional. O trio integrava o núcleo duro do ministério, assessorando diretamente Pazuello na tomada de decisões nos últimos três meses de sua gestão.

O período coincidiu com episódios de falta de oxigênio hospitalar, surgimento da nova cepa do vírus e aceleração do contágio do coronavírus. O desgaste provocado pelo agravamento da crise sanitária precipitou a saída do militar do posto assumido em maior de 2020, quando foi convocado pelo presidente Bolsonaro para assumir o ministério da Saúde, ao lado do então ministro Nelson Teich. 

Marques, especialista em marketing político convidado por Pazuello para modificar a estratégia de comunicação da pasta,  estimulou o general a falar com mais frequência com a imprensa, visitou com sua equipe redações de tvs e outros órgãos de imprensa. Era um dos cerca de doze assessores presentes à despedida de Pazuello, que, no discurso de transmissão de cargo, revelou pressões políticas por verbas e até uma conspiração contra seu comando.

Na carta aberta em que anuncia sua saída e a dos colegas, Marques destaca algumas das ações de Pazuello à frente do Ministério da Saúde, entre elas, “a aquisição de mais de 500 milhões de doses de vacinas, investimentos em mais leitos de UTI, respiradores, usinas de oxigênio, medicamentos, kit intubação, contratação de profissionais de saúde - por meio do Mais Médicos -  e uma meta para vacinar mais de 1 milhão de brasileiros por dia, a partir de abril”.


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