TRE decide que eleições em Pinto Bandeira serão em 2012
Até lá, o prefeito de Bento Gonçalves ou um interventor devem administrar o município
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De acordo com Valmor Giacomoni, representante da Associação Pró-Município de Pinto Bandeira, há duas alternativas para que o distrito emancipado não fique sem administrador até 2012: a de que o prefeito de Bento Gonçalves continue governando a localidade ou a de o governador do Estado, no caso Yeda Crusius ou o sucessor dela, nomeiem um interventor.
O advogado que representou a Assembleia na sessão dessa tarde, Miguel Juchem, considerou sábia e compreensível a decisão do TRE, e avaliou que quem esperou 16 anos para se emancipar pode esperar mais dois. Já o presidente do TRE, desembargador Luiz Felipe Diffini, pregou cautela no caso, mesmo sabendo de toda a "saga" enfrentada pelo distrito para se independizar.
Entenda o caso
A emancipação de Pinto Bandeira é alvo de disputa judicial há cerca de 15 anos. Em 1996, uma lei da Assembleia criou o município, antes pertencente a Bento Gonçalves. A medida acabou sendo invalidada pelo Tribunal de Justiça. Em 1999, a Assembleia alterou a lei anterior e Pinto Bandeira voltou a ser emancipada, elegendo prefeito em 2000.
Naquele ano, o extinto Partido Progressista Brasileiro (PPB), hoje Partido Progressista (PP), ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com Ação de Inconstitucionalidade (Adin), questionando a validade da norma alterada pela Assembleia.
Em 2004, a Ação foi aceita pelo STF e a localidade voltou a ser anexada a Bento. No ano passado, o Legislativo gaúcho entrou com uma nova petição no Supremo, acolhida em julho deste ano, por decisão da ministra Carmen Lúcia.