TSE divulga respostas enviadas às Forças Armadas sobre a eleição

TSE divulga respostas enviadas às Forças Armadas sobre a eleição

Militares não fizeram qualquer acusação de vulnerabilidades no sistema de votação

R7

publicidade

Em um documento de 69 páginas, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) respondeu, nesta quarta-feira (16), as Forças Armadas sobre dúvidas em relação ao processo eletrônico de votação. As informações foram enviadas ao Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro, após serem solicitadas pelo general Heber Garcia Portella.

Diferentemente do que o presidente Jair Bolsonaro tinha afirmado, as Forças Armadas fizeram apenas perguntas e, em nenhum momento, apontaram vulnerabilidades nas urnas eletrônicas ou demais etapas do processo de votação. As perguntas se resumem a dúvidas e pedido de informações sobre a política de segurança da informação do TSE.

As Forças Armadas fizeram, por exemplo, perguntas sobre os programas antivírus usados pela Corte eleitoral. Em outro trecho do ofício, o TSE é questionado sobre os requisitos de softwares que são utilizados no sistema de votação. A Corte responde que essas informações foram disponibilizadas nos testes públicos de segurança e que podem ser consultadas na sede do Tribunal.

Em outra pergunta, os militares questionam qual a motivação para incluir uma porta USB no modelo de 2020 da urna, sendo que "tal implementação reduz, em tese, a segurança da urna". A área técnica da Corte responde que o software adotado valida cada dispositivo conectado no equipamento e que a porta USB só aceita dispositivos conhecidos, que já integram a urna.

De acordo com o TSE, se um equipamento desconhecido é conectado, a alimentação de energia da porta USB é cortada e pode ocorrer o bloqueio do sistema operacional do equipamento. Sobre a transmissão dos dados dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) para o TSE, a Corte informa que ocorre por meio de redes próprias e conexões exclusivas, como VPN.

A divulgação do documento com as informações e respostas enviadas ao militares ocorreu por decisão do atual presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, e dos futuros presidentes, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895