TSE nega pedido de Bolsonaro para suspender publicidade de Alckmin com emoji de vômito

TSE nega pedido de Bolsonaro para suspender publicidade de Alckmin com emoji de vômito

Decisão do plenário do Tribunal Superior Eleitoral foi unânime

AE

Campanha de Alckmin associa a imagem de Bolsonaro a emojis de vômito

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Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou nesta quinta-feira (20) um pedido formulado pelo candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, para suspender a veiculação no YouTube de uma peça publicitária da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) que associa a imagem de Bolsonaro a emojis de vômito. A defesa de Bolsonaro e de sua coligação, "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", alegava que o vídeo viola o Código Eleitoral, já que atentaria contra a imagem do deputado federal e criaria artificialmente estados mentais, emocionais ou passionais no eleitor.

No dia 2 de setembro, o relator do caso, ministro Carlos Horbach, já tinha negado, em decisão monocrática (individual), o pedido de Bolsonaro, sob a alegação de que a peça publicitária "nada mais é do que uma crítica forte e ácida, expressa não em palavras, mas por meio de sinais gráficos, típicos da linguagem digital amplamente empregada por grande parcela do eleitorado".

Na manhã desta quinta-feira, o caso foi levado à apreciação do plenário do TSE, que seguiu o entendimento de Horbach. Durante a sessão, o relator afirmou que o recurso das faces estilizadas vomitando é "extremamente banal e não se enquadra nas vedações da Lei das Eleições". O ministro Alexandre de Moraes concordou. "Eleição sem criação de estados emocionais nem os cardeais conseguem isso para eleger o Papa", avaliou.

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