Unasul: América Latina se integrará mais diante de ameaças de Trump

Unasul: América Latina se integrará mais diante de ameaças de Trump

"Se não nos unirmos para protestar, ele acabará conosco", disse secretário-geral da entidade

AFP

Para Unasul "se não nos unirmos para protestar, ele acabará conosco"

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A América Latina vai se "integrar mais" diante da "ameaça" que representa a política migratória dos Estados Unidos após os decretos assinados pelo presidente Donald Trump, assinalou o secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, em entrevista divulgada neste domingo.

"Creio que a região irá se integrar mais diante da ameaça de Trump. Já assinou o (decreto) do muro, que não só divide os Estados Unidos do México, como de toda a América Latina", expressou Samper em uma entrevista publicada no jornal El Universo, do Equador.

Ao ser consultado sobre se o presidente americano será um "inimigo comum" da região, Samper apontou que "é uma ameaça real, não o qualifiquem como inimigo. Estamos ainda esperando seus primeiros 100 dias de governo".
O secretário da União das Nações Sul-americanas (Unasul), cuja sede fica em Quito, considerou que "se não nos unirmos para protestar, acabará conosco".

Trump assinou nesta semana vários decretos. Um deles dá a permissão para o início da construção de um "muro físico" na fronteira com o México.

Samper, que deixará seu cargo em 31 de janeiro, insistiu que "paradoxalmente, a ameaça que representa a política dos Estados Unidos teria que servir para nos integrarmos mais".

O governante americano também suspendeu a chegada de refugiados aos Estados Unidos e proibiu a entrada de cidadãos de sete países - Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen - majoritariamente muçulmanos.

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