Vídeo com opiniões preconceituosas de estudantes de Porto Alegre viraliza após vitória de Lula

Vídeo com opiniões preconceituosas de estudantes de Porto Alegre viraliza após vitória de Lula

Alunos proferiram falas discriminatórias; escola emite nota

Felipe Nabinger

Estudantes de Porto Alegre em vídeo preconceituoso

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Ganhou as redes nesta sexta-feira vídeo em que três gaúchos, estudante do Colégio Israelita Brasileiro, de Porto Alegre, emitem opiniões de cunho preconceituoso e discriminatório, após a eleição de Lula (PT). Originalmente transmitido ao vivo no perfil do TikTok de uma das jovens, o vídeo circulou por redes como Twitter, Instagram e Facebook, gerando várias críticas. O tamanho da repercussão fez com que o perfil de uma das estudante fosse apagado e que o Colégio onde estudam, emitisse nota.

Nas imagens, uma adolescente ao lado da usuária do perfil, rebate um espectador que diz que o atual governo trabalha para os patrões. "E quem paga os trabalhadores? Não é o patrão?", questiona. "Exato. Ele gera emprego. Ele dá para vocês empregos para vocês terem oportunidade de ser a gente", responde a estudante que segura o celular. Os jovens também ridicularizam o valor do Auxílio Brasil, de R$ 600. Uma das jovens afirma que com o valor, seria possível comprar um sorvete e um papel higiênico folha dupla. 

Colégio emite nota

O Colégio Israelita Brasileiro, escola particular tradicional da Capital gaúcha, afirma que identificou dois dos três adolescentes como sendo estudantes da instituição e emitiu nota de repúdio às manifestações com teor discriminatório e preconceituoso dos alunos, solidarizando-se com quem se sentiu ofendido. "Estas ações em nada refletem nossos princípios filosóficos e nossa prática pedagógica. Nenhuma escola é uma ilha. Estamos inseridos em uma sociedade que se encontra em parte contaminada por dinâmicas disfuncionais. Mas vamos agir", afirma.

Ainda conforme o texto, o "discurso de ódio não será tolerado" e, dentro dos regulamentos, serão aplicadas as penalidades cabíveis. "No entanto, muito mais do que punir, sabemos que nosso papel é educar e formar seres humanos capazes de colaborar para a evolução da sociedade", afirma a nota.

Na próxima segunda-feira, uma reunião entre mantenedores da instituição e corpo docente vai deliberar sobre sanções aos estudantes. Procurado, o colégio, por meio de sua assessoria de comunicação afirmou ser prematura precisar qual a punição. Elas podem ir de verbais até "atos mais fortes". Nas redes sociais, usuários cobram a expulsão dos jovens. Não foi divulgado o horário ou turno em que ocorrerá a reunião na semana que vem.

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