"Vai ajudar muito na articulação política", diz Bolsonaro sobre General Ramos

"Vai ajudar muito na articulação política", diz Bolsonaro sobre General Ramos

Presidente afirmou que "problemas acontecem", mas Santos Cruz "continua no meu coração"

Apesar de sinalizar o reforço na articulação com o Congresso, Bolsonaro defendeu a atuação do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o general Luiz Eduardo Ramos, que assumirá a Secretaria de Governo, tem boas características para o cargo, como bom trato com a imprensa e experiência política.

"Uma vantagem em relação ao Santos Cruz é que ele foi assessor parlamentar. Vai ajudar muito na articulação política", disse o presidente nesta sexta-feira, 14 durante café da manhã com jornalistas, ao qual a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo foi convidada.

Apesar de sinalizar o reforço na articulação com o Congresso, ele defendeu a atuação do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Segundo Bolsonaro, ele é "muito melhor" do que nomes que passaram pelo cargo, como Dilma Rousseff e Berenice Guerra.

"Por que lá atrás a articulação tinha menos ruído? Era saliva ou (oferta de) estatais e ministérios?", questionou.

Segundo Bolsonaro, ele está disposto a cumprir o prometido na campanha e manter "um ministério técnico" e o Congresso já se adequou a essa nova forma de governar.

"Hoje há entendimento por vários parlamentares. Está pacificado no parlamento essa questão: a interlocução é de outra forma", disse.

A troca na Secretaria de Governo foi anunciada nesta quinta-feira, 13. Bolsonaro afirmou que a saída do general Carlos Alberto dos Santos Cruz foi resultado de uma "separação amigável" e que gostaria que ele seguisse no governo em outra função.

"Não adianta querer esconder, problemas acontecem. Mas ele continua no meu coração", disse Bolsonaro sobre Santos Cruz. "Continuo aberto a ele. É uma pessoa excepcional. Seria muito bom se ele pudesse ficar em outro cargo no governo.

Correios

O presidente afirmou que ofereceu a Santos Cruz a presidência dos Correios. Ele anunciou que decidiu demitir o presidente da estatal, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, por ter ido ao Congresso e se comportado como sindicalista. Segundo Bolsonaro, ele posou para fotos com políticos da oposição, como do PT. Não há definição, contudo, sobre quem irá assumir os Correios.


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