Valdemar Costa Neto libera parlamentares do PR no 2º turno

Valdemar Costa Neto libera parlamentares do PR no 2º turno

Líder da bancada na Câmara não qualificou inclinação de maioria do partido

AE

PR tem atualmente 40 parlamentares na Casa e elegeu 33 para a próxima legislatura

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O Partido da República (PR) liberou seus parlamentares para apoiar qualquer um dos candidatos a presidente da República no segundo turno das eleições. A disputa se dará entre o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT).

No comando do PR, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão, comunicou aos parlamentares sobre a decisão de neutralidade, depois de participar de reunião na segunda-feira com outros dirigentes de partidos do Centrão (DEM, PP, PRB e Solidariedade), que estavam coligados ao tucano Geraldo Alckmin, derrotado no primeiro turno.

"Valdemar já autorizou a liberação em todos os Estados. Cada parlamentar apoia quem achar que deve", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA), reeleito na Bahia e apoiador de Haddad. O PR tem atualmente 40 parlamentares na Casa e elegeu 33 para a próxima legislatura.

Rocha diz que não há como quantificar hoje se a bancada tem uma maioria pró-Haddad ou pró-Bolsonaro. Na Bahia, diz ele, a maioria é favorável ao petista por causa da coligação e base do governador reeleito Rui Costa, do PT. Já em São Paulo, há integrantes da bancada da bala que apoiam abertamente Bolsonaro, como o deputado capitão Augusto (PR-SP).

Rocha avalia que, numa eleição de dois candidatos, os parlamentares têm pouca capacidade de angariar votos para um ou outro. "É uma eleição entre eleitor e candidato", disse Rocha. "Não existe um comando, é a vontade expressa do eleitor. Não adianta apoio formal, é um apoio que não se viabiliza na prática. No primeiro turno você dá o apoio do tempo partidário de televisão. Agora não tem mais, o tempo de televisão é meio a meio no segundo turno."

O líder do PR entende que os únicos partidos que conseguem orientar voto no segundo turno são os que ele chama de "ideológicos", principalmente de esquerda, como PDT e PSB, entre outros: "Orientação partidária no segundo turno não existe, a não ser os partidos ideológicos e os religiosos, as igrejas, que comandam".

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