Valter Nagelstein assume a Câmara de Porto Alegre

Valter Nagelstein assume a Câmara de Porto Alegre

Vereador projeta relacionamento “republicano” com outros poderes e vê Capital em “tempos difíceis”

Correio do Povo

Valter Nagelstein é o novo presidente da Câmara de Porto Alegre

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O vereador Valter Nagelstein (PMDB) tomou posse nesta quarta-feira como presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre prometendo ampliar o diálogo do Legislativo com a comunidade porto-alegrense e definir uma linha de relacionamento “republicana” com os poderes. Na solenidade, ocorrida à tarde no Plenário Otávio Rocha e prestigiada por diversas autoridades — entre elas o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) —, Nagelstein também apontou que pretende atuar com independência.

“Sei que, numa relação republicana, o que se deve perseguir é a sinergia entre os poderes e não o enfrentamento. Entendo que o prefeito Nelson Marchezan pretende realizar mudanças e que apresentar projetos é uma prerrogativa do Executivo. Mas também entendo que o Parlamento não só pode, como deve, modular as iniciativas do Executivo naquilo que lhe couber”, disse o vereador, que sucede Cássio Trogildo no comando da Casa.

Nalgelstein anunciou que pretende dar continuidade ao regime de austeridade que, segundo ele, tem sido mantido pelas recentes administrações no Legislativo municipal e comentou que a Capital passa por “tempos difíceis”. “Faltam placas de sinalização, paradas de ônibus estão precárias, há buracos nas ruas, problemas com esgotos, deficiências em serviços de educação e saúde, obras mal planejadas. Claro que isso não é responsabilidade de um só governo. Porém, não irei sucumbir ao pessimismo, nem ao radicalismo”, indicou o presidente da Câmara.

Nagelstein e Marchezan sentaram-se lado a lado. Trocaram cumprimentos calorosos e conversaram informalmente no decorrer da cerimônia. Em sua fala, na tribuna, Marchezan admitiu as dificuldades que enfrenta em sua administração: “São reais, gigantescas e talvez aumentem”, advertiu.

O prefeito da Capital também defendeu seus projetos e sustentou que a cidade somente irá superar tais dificuldades com reformas estruturais. Entre as propostas prioritárias, Marchezan citou os que tratam do ajuste no IPTU, da revisão em benefícios de servidores e da autorização para parcerias público-privadas para obras de saneamento.

Os projetos, contudo, sofrem resistência e não puderam ser votados no ano passado: “São políticas recessivas e que atacam direitos de trabalhadores”, definiu a vereadora Fernanda Melchionna (PSol), integrante da oposição. “São projetos impopulares, mas necessários que precisam avançar com mais diálogo”, rebateu o vereador Luciano Marcantônio (PTB), vice-líder do governo Marchezan.

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