Vereadores querem discussão mais qualificada sobre cobradores de Porto Alegre

Vereadores querem discussão mais qualificada sobre cobradores de Porto Alegre

Texto pode ser votado pelo plenário nesta quinta-feira

Eduardo Amaral

Texto pode ser votado pelo plenário nesta quinta-feira

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Após o projeto que retira a obrigatoriedade dos cobradores nos ônibus da Capital ser mais uma vez suspenso da pauta de votação, os parlamentares da Câmara cobram uma discussão mais qualicada sobre o assunto. A cobrança vem tanto dos vereadores da base, como da oposição. A vereadora Mônica Leal, presidente da Casa, foi uma das parlamentares que cobrou uma discussão mais ampla e com um planejamento a longo prazo.  

Na avaliação dela, a proposta do governo encontra opositores mesmo na base aliada. “Eu não diria que esse projeto tem oposição e situação porque ele tem a negação de muitas pessoas da situação.” Para ela, o projeto entrou na Casa "em regime de urgência, e não se decide a vidas em regime de urgência. Esse projeto necessita que se construa com o Legislativo, com os rodoviários e com o Executivo.”

Enquanto Mauro Pinheiro (Rede), líder do governo na Câmara, lamentava o novo adiamento na votação, Robaina comemorava o resultado. “Tivemos uma grande vitória hoje, impedimos o aumento do salário dos vereadores e do prefeito, e nessa mesma sessão queriam começar a extinguir postos de trabalho. Aqui não tem nada de bom para ser votado.” O vereador do Psol afirmou que seguirá a movimentação para que o projeto seja reprovado ou sequer vá para votação. “Se eles tentarem estaremos aqui de novo para evitar essa situação”.

Líder do governo na Câmara, Mauro Pinheiro (Rede), disparou contra a oposição e criticou a postura dos parlamentares que tem se colocado contra a votação. “Esse projeto é importante e está sendo adiado por várias vezes pela oposição. A redução gradativa dos cobradores tem a redução de R$ 1 na tarifa, o usuário vai seguir pagando uma das passagens mais caras do país porque algumas pessoas pensam de forma retrógrada e não querem avançar.” Questionado sobre o fato de ter faltado quórum por falta de vereadores a favor do projeto, Pinheiro lamentou. “A obrigação de todos os vereadores é estar no plenário como eu estava, principalmente aqueles que têm preocupação de votar o projeto.”

A votação

O governo Nelson Marchezan Júnior foi derrotado mais uma vez na tentativa de aprovar o projeto que retira a obrigatoriedade dos cobradores nos ônibus de Porto Alegre. O texto foi colocado para votação na Câmara na tarde desta quarta-feira, mas a base governista não conseguiu garantir o quórum necessário para abrir a sessão. Eram necessários que 19 vereadores registrassem presença, entretanto, 18 confirmaram o comparecimento, impedindo que o texto fosse apreciado. Nesta quinta-feira haverá uma nova tentativa de apreciar a proposta em sessão extraordinária da Casa.

Mesmo trancando a pauta, não há garantia de que o projeto seja votado na quinta-feira, já que o governo ainda pode pedir a inversão de pauta. O prazo final para que o texto seja votado ainda este ano é sexta-feira.

Uma sessão extraordinária começou pela manhã desta quarta-feira na qual o projeto dos cobradores não foi avaliado. Suspensa para o almoço, a sessão foi retomada às 14h, mas o texto de interesse dos rodoviários foi a plenário por volta das 16h. Logo após a presidente da Casa, Mônica Leal (PP), ler o projeto o líder da oposição, Roberto Robaina (Psol), pediu a recontagem o quórum. Os opositores não registraram a presença, e base do governo não atingiu os 19 necessários para abrir a sessão. 

Dois nomes foram fundamentais para não formar o quórum: Dr: Goulart (PTB) e Lourdes Sprenger (MDB), ambos que tem se mostrado mais favoráveis ao projeto. Goulart declarou apoio total ao texto do Executivo, e disse que não estava presente na verificação de quórum por ter ido ao banheiro. Já Lourdes tem dito que apoia o projeto caso as emendas apresentadas sejam aprovadas, caso isso não aconteça, ela diz que vai avaliar sua posição. Questionada sobre os motivos para não registrar sua presença ela afirmou que no momento estava no gabinete despachando projetos urgentes. 


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