Vice assume prefeitura de Campinas alvo de impeachment
Demétrio Vilagra (PT) substitui Hélio de Oliveira Santos (PDT), cujo mandato foi cassado
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Pouco depois da cerimônia, o vereador Valdir Terrazan (PSDB) protocolou pedido para abrir uma comissão processante com o objetivo de apurar o envolvimento de Vilagra nas mesmas fraudes pelas quais Dr. Hélio é acusado e investigado pelo Ministério Público. O parlamentar também pediu que o agora prefeito se afaste do cargo pelo mesmo período que durar a investigação da comissão processante (90 dias).
“A situação em Campinas é muito grave. O afastamento é necessário porque não é possível que um prefeito sem condições morais, éticas e políticas, que vai ser investigado, continue no cargo”. As requisições serão votadas na sessão de amanhã da Câmara e precisam de 22 votos favoráveis para ser aprovadas. O Psol também entrou com pedidos semelhantes.
O vice-prefeito já é investigado pelo Ministério Público. Vilagra chegou a ser preso em maio, em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). No discurso de posse, Vilagra disse que cumprirá o mandato até o fim.
Com relação aos R$ 60 mil encontrados na casa dele, Vilagra se defendeu dizendo que, desde o período da Ditadura Militar, guarda dinheiro em casa. O prefeito disse ainda que não sabe se há parentes dele trabalhando na Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas (Sanasa) e que acredita na inocência do ex-prefeito Dr. Hélio.
O pedetista foi acusado de omissão diante das investigações do Gaeco e do Ministério Público sobre cobrança de propina e fraudes em contratos da Sanasa. Também é acusado de irregularidades em loteamentos imobiliários e em contratos de operação de antenas de telefonia celular na cidade.