Vice assume prefeitura de Campinas alvo de impeachment

Vice assume prefeitura de Campinas alvo de impeachment

Demétrio Vilagra (PT) substitui Hélio de Oliveira Santos (PDT), cujo mandato foi cassado

Agência Brasil

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O vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), assumiu na manhã desta terça-feira o cargo de chefe do Executivo em substituição a Hélio de Oliveira Santos (PDT), o Dr. Hélio, que teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores. A posse ocorreu no dia que o decreto de cassação do prefeito foi publicado no Diário Oficial do município.

Pouco depois da cerimônia, o vereador Valdir Terrazan (PSDB) protocolou pedido para abrir uma comissão processante com o objetivo de apurar o envolvimento de Vilagra nas mesmas fraudes pelas quais Dr. Hélio é acusado e investigado pelo Ministério Público. O parlamentar também pediu que o agora prefeito se afaste do cargo pelo mesmo período que durar a investigação da comissão processante (90 dias).

“A situação em Campinas é muito grave. O afastamento é necessário porque não é possível que um prefeito sem condições morais, éticas e políticas, que vai ser investigado, continue no cargo”. As requisições serão votadas na sessão de amanhã da Câmara e precisam de 22 votos favoráveis para ser aprovadas. O Psol também entrou com pedidos semelhantes.

O vice-prefeito já é investigado pelo Ministério Público. Vilagra chegou a ser preso em maio, em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). No discurso de posse, Vilagra disse que cumprirá o mandato até o fim.

Com relação aos R$ 60 mil encontrados na casa dele, Vilagra se defendeu dizendo que, desde o período da Ditadura Militar, guarda dinheiro em casa. O prefeito disse ainda que não sabe se há parentes dele trabalhando na Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas (Sanasa) e que acredita na inocência do ex-prefeito Dr. Hélio.

O pedetista foi acusado de omissão diante das investigações do Gaeco e do Ministério Público sobre cobrança de propina e fraudes em contratos da Sanasa. Também é acusado de irregularidades em loteamentos imobiliários e em contratos de operação de antenas de telefonia celular na cidade.

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