Vice-líder do governo pede investigação de pagamentos a filho de FHC no exterior
Ex-presidente teria enviado recursos para familiares com assinatura de contrato fictício de trabalho
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Em entrevista, a jornalista Mirian Dutra, com quem FHC manteve um caso extraconjugal nos anos 1980 e 1990, disse que a Brasif S.A Exportação e Importação ajudou o ex-presidente a enviar recursos ao exterior para ela e seu filho, Tomás Dutra. Segundo Mirian, as transferências foram feitas por meio da assinatura de um contrato fictício de trabalho. FHC nega que tenha usado a empresa para fazer repasses a Mirian.
"Se fosse com o Lula, o PSDB estaria decretando a sua prisão", afirmou Costa, afirmando que há tratamento desigual entre os políticos de acordo com o partido. "Preciso saber se essa doação da empresa era da Lava Jato e por que era feita dessa forma. Acho uma acusação séria, sobretudo para um ex-presidente que sempre posou como paladino da ética. Eu quero que ele explique para os brasileiros por que o filho dele recebia pensão de uma empresa privada."
Em tom mais ameno, o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (PT-BA), demonstrou solidariedade à família de FHC. "Todos os dias nós somos surpreendidos com notícias que atingem personalidades públicas. Solidarizo-me independente de quem é o agente público e de qual é o seu partido. Investigar cabe ao Ministério Público", comentou Florense. Ele destacou que é preciso ter cuidado com a simples busca por pistas, citando o caso do ex-presidente Lula, que acaba propiciando abordagens condenatórias. "Da nossa parte, todo mundo deve ser investigado quando há indício, mas busca por pistas é outra coisa" disse Florense.