Vice-líderes do governo se dizem contra a reforma da Previdência
Políticos também afirmaram não estarem dispostos a dar nova cota de sacrifício pelo governo Temer
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Vice-líder da bancada do PMDB, Lúcio Mosquini (RO) diz que a reforma como está atende apenas aos anseios do mercado financeiro e, a curto prazo, terá um efeito muito pequeno na economia, porque exclui muitas categorias, como os militares. Ele afirmou não ser contra a reforma, mas critica o Executivo por "vender mal" a proposta para a população. Mosquini - que diz não ser o primeiro da fila para expulsão do PMDB caso mantenha o voto contra a reforma - considera que já deu sua "cota de sacrifício" pelo partido ao ajudar a livrar Temer de duas denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas que agora não pode "pagar sozinho". "Não é hora de sacrificar meu mandato mais uma vez", declarou.
Vice-presidente da Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho (PMDB-MG) avisa que o governo também não contará com seu voto. O deputado mineiro alega que faltou ao governo articular um texto que passe no plenário e melhorar a comunicação com a sociedade. "O timing da reforma é que está fora. Não vejo ainda o momento adequado para votar. Mesmo com o esforço, não vai avançar agora. Representante do DEM no bloco dos vice-líderes do governo, Elmar Nascimento (BA) afirmou que vai ouvir primeiro o partido e os técnicos para definir como vai votar. Também são contra a reforma os vice-líderes do governo Domingos Neto (PSD-CE), Lucas Vergílio (SD-GO) e Rogério Rosso (PSD-DF). José Rocha (PR-BA), líder da bancada, ainda está indeciso, e Pedro Fernandes (PTB-MA), da cota petebista, não quis revelar o voto.