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Votação que aprovou “Escola sem Partido” é nula, afirma juíza

Liminar exigia realização de uma audiência pública antes da votação do "Escola sem Partido", projeto de autoria de Valter Nagelstein (MDB).

Vereador defende que audiências foram realizadas para debater a proposta | Foto: Ricardo Giusti

A Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou, no final da noite dessa quinta-feira, o projeto “Escola sem Partido”. O texto passou em uma sessão com quórum próximo do mínimo necessário e sem a presença da oposição em plenário. O objetivo do autor do texto é evitar “doutrinação ideológica” por educadores que possam colocar sua posição política acima da educação. No entanto, uma liminar concedida pelo Judiciário impedia a votação da matéria.

A decisão foi da juíza Vera Letícia de Vargas Stein. Em contato com a reportagem da Rádio Guaíba, a magistrada considerou que a votação da Câmara não teve validade. “É nula por não ter sido precedida da audiência pública. Realizada a audiência, o projeto poderá ser novamente levado à votação”, considerou a juíza em mensagem enviada por escrito.

Divisão dos vereadores

O autor do projeto justificou a votação. Em entrevista ao programa Direto ao Ponto, nesta sexta-feira, Valter Nagelstein (MDB) afirmou que a Câmara não foi notificada da decisão judicial. O parlamentar sustenta ainda que houve duas audiências públicas que discutiram o “Escola sem Partido”. “Nós exercemos a prerrogativa do legislativo de fazer a votação sem qualquer espécie de desobediência a um comando judicial”, explicou. “Segundo, que talvez a juíza tenha sido induzida ao erro”, completou Nagelstein sobre a questão da audiência.

Nas redes sociais, Aldacir Oliboni (PT) classificou a votação como um “golpe”. Contrário ao projeto, o vereador defendeu a anulação da sessão que aprovou a matéria. Em contato com a reportagem, o petista falou em desrespeito ao judiciário e disse acreditar em revisão da medida. “É uma questão óbvia, eu creio que qualquer juiz vai perceber a gravidade do caso”, pontuou.

O projeto “Escola sem Partido” foi aprovado pelo placar de 19 a 0. A proposição foi alvo de muitas críticas e, inclusive, de protestos logo que foi protocolada. A questão estava aguardando análise da Câmara desde 2016.

Gustavo Chagas / Rádio Guaíba