Abate de suínos registra recorde no 2º trimestre de 2020

Abate de suínos registra recorde no 2º trimestre de 2020

Foram 12,10 milhões de cabeças abatidas, número 6,2% maior que o do mesmo período de 2019 e 1,8% maior que o do 1º trimestre deste ano

Carolina Pastl*

Na sexta-feira, o valor do suíno vivo no Rio Grande do Sul chegou a R$ 6,95 o quilo, de acordo com o Cepea/Esalq/USP

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O abate de suínos registrou novo recorde no 2º trimestre deste ano. Foram 12,10 milhões de cabeças abatidas, número 6,2% maior que o do mesmo período de 2019 e 1,8% maior que o do 1º trimestre deste ano. Já o número de cabeças bovinas foi de 7,3 milhões, baixa de 8% e alta de 0,3% nas mesmas comparações. No caso do frango, foram 1,41 bilhão de cabeças, número 1% menor em relação a igual período de 2019. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Rio Grande do Sul, porém, não acompanhou o cenário nacional de suínos e sofreu queda de 76,49 mil cabeças. Para o IBGE, o cenário otimista do setor ocorre pela grande demanda externa. No caso gaúcho, o presidente da Associação de Criadores de Suínos do RS (Acsurs), Valdecir Folador, atribui a baixa ao início do trimestre, quando parte dos animais foi levada para abate em Santa Catarina.

Em relação aos bovinos e frangos, o Estado acompanha a tendência nacional, com menos 31,88 mil cabeças. O IBGE atribui a baixa à reestruturação que o setor teve de fazer para se adaptar à pandemia.

Além disso, a aquisição de leite cru também registrou queda, passando para 5,76 bilhões de litros, índice 1,7% menor em relação ao 2° trimestre de 2019 e 9,3% menor em comparação com o 1º trimestre deste ano. Já a produção de ovos de galinha aumentou 2,8% e 0,3% nos mesmos períodos, alcançando 974,15 milhões de dúzias. O Estado acompanhou a tendência. Para o IBGE, o consumo de leite diminuiu e o de ovos aumentou pelo mesmo motivo: o consumidor está comprando produtos mais baratos em função da recessão econômica.

*Sob supervisão de Elder Ogliari


Correio do Povo
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