Abertura da Colheita do Arroz celebra safra e projeta negócios em Capão do Leão
Evento teve presença de autoridades e 130 expositores
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Foi aberta oficialmente, no final da tarde desta quarta-feira, a Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas na região Sul. A solenidade ocorreu na Estação Experimental da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão, pelo quinto ano consecutivo e contou com a presença de autoridades, produtores e representantes do setor orizícola.
O primeiro pronunciamento foi do chefe geral da unidade, Roberto Pedroso. Para ele, o evento que termina nesta quinta-feira é a oportunidade para celebrar a próxima safra, a colheita e fazer negócios. “Hoje uma das maiores fronteiras agrícolas do Brasil está no Rio Grande do Sul, as terras baixas. As tecnologias estão transformando sonhos em realidade. Estamos com 130 expositores que nos presenteiam com tecnologia para uma produção sustentável”, destaca.
Para o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (FETAG), Carlos Joel da Silva, o momento da colheita é o que todas as famílias de agricultores esperam. “É a recompensa do suor do trabalho. Hoje o trabalhador precisa diversificar a propriedade com outros plantios para garantir sustentabilidade. O arroz é o alimento mais barato para tratar a fome das pessoas. É preciso diversificar, mas é importante garantir que a produção de arroz sustente as famílias”, observa.
Ele solicitou que os agricultores tenham condição e legislação que permita a reserva de água para os momentos de dificuldade, como a estiagem que atinge o Estado neste verão. O presidente do sistema Farsul e do Conselho Administrativo do SENAR/ RS Gedeão Pereira disse que o evento é para comemorar o que tem sido feito em território nacional e fazer com que o agronegócio gaúcho seja maior ainda. “O evento trás alternativas, mas temos legislações ambientais fortemente pesadas contra o agricultor. A estiagem seguirá ocorrendo, então temos tecnologia para combatê-la, basta melhorar o entendimento dos governos para que se reserve água”, diz.
O secretário de agricultura, Giovani Feltes acredita que a tecnologia se faz a agregar cada vez mais. “O Estado tem realizado ações e programas monitorando a estiagem. Espero o tanto quanto possível avançar na questão da legislação”, observa. O presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Estadual Vilmar Zanchin, o deputado federal, Afonso Hamm e a coordenadora geral da qualidade vegetal do Ministério da Agricultura Helena Pan Ruggeri também estiveram na solenidade. “Considero minha tarefa como representante do RS no Senado defender as ações fundamentais para se produzir mais e melhor, pois temos que somar esforços pra reter a água que cai em outras épocas do ano”, destaca o senador Hamilton Mourão.
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho destaca que a lavoura deve ser olhada para trazer resultados econômicos seja no milho, na soja, ou na pecuária. Os custos da lavoura de arroz aumentaram em torno de 60% nos últimos dois anos. “Temos um arroz reconhecido mundialmente pela qualidade, por isto não podemos mais postergar a questão da agua. Temos um volume de chuva do inverno que pode guardar. Temos que trazer mais competitividade da indústria gaúcha que reflita na indústria do arroz”, afirma. Para ele o arroz é o grande responsável pela segurança alimentar brasileira. “Os produtores podem voltar para casa de cabeça erguida, pois as entidades sabem o que fazer para defender vocês”, garante.
O vice-governador, Gabriel Souza lamentou que mais uma vez o Estado iniciou o ano com estiagem que atinge fortemente a produção primária o que não exclui a orizicultura. “Os produtores rurais são responsáveis por 40% do PIB do Estado e no caso do arroz 70% da produção nacional é feita no Estado. O milho e a soja são importantes para o alimento humano e animal. É inevitável aumentar o conhecimento e inovação. Nos próximos dias, o Governador Eduardo Leite irá anunciar medidas em relação a estiagem”, anunciou. Sobre a questão de reservatório de água, o vice-governador disse que o assunto já teve muitos avanços na questão aumento do limite do hectare na reservação hídrica do municípios. “Meio ambiente e produção rural caminham juntos”, conclui.