ApexBrasil lança estudo que facilita exportação de maçã para a Colômbia

ApexBrasil lança estudo que facilita exportação de maçã para a Colômbia

O RS é responsável por mais de 70% das exportações, segundo o presidente da Agapomi

Correio do Povo

Safra gaúcha deste ano foi prejudicada pela estiagem

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a ApexBrasil lançaram o estudo “Maçãs na Colômbia”, que apresenta os requisitos de acesso ao mercado de maçãs frescas no país. Com isso, o Rio Grande do Sul deve começar a exportar para lá com regularidade assim que tiver uma produção mais robusta, segundo o presidente da Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi), José Sozo.

De acordo com o presidente, houve uma redução da produção e exportação de maçã este ano devido à estiagem: enquanto em 2021 foram exportadas cerca de 100 mil toneladas da fruta pelo Estado, este ano, até agora, foram exportadas em torno de 30 mil toneladas. O Rio Grande do Sul exporta principalmente para países asiáticos e é responsável por mais de 70% das exportações do país, de acordo com Sozo.

O Brasil começou a exportar maçãs para a Colômbia em 2021, quando enviou ao país o equivalente a 871,7 mil dólares. A primeira carga foi de 41 toneladas da cultivar Royal Gala. A publicação do Mapa e da ApexBrasil mostra que a importação de maçãs do país teve um aumento médio anual de 4,5% entre 2017 e 2021. Os países que mais exportam para a Colômbia são Chile, Estados Unidos, França e Itália, segundo o Mapa.

“O estudo visa auxiliar os exportadores brasileiros de maçã no acesso ao mercado colombiano, oferecendo informações como preços praticados, exigências fitossanitárias para ingresso do produto, custo de frete, principais centros de consumo e compradores'', disse o autor da publicação e adido agrícola em Bogotá, Marcus Vinicius, em nota do ministério.

O estudo também traz dados sobre o quadro regulatório, perfil tarifário, principais regulamentos e normas, logística, comercialização, promoção e possíveis contatos com distribuidores e importadores. Além disso, são abordadas questões fitossanitários que o produtor deve observar se pretende exportar para o país

De acordo com o coordenador de Acesso a Mercado da ApexBrasil, Gustavo Ferreira Ribeiro, o mercado da Colômbia já está aberto para as maçãs frescas do Brasil e não há cotas nem regras especiais para a fruta. “Isso, minimamente, iguala seu potencial competitivo frente aos seus principais concorrentes. Do ponto de vista de requisitos, aplicam-se aqueles mais gerais, com atenção, sim, às questões fitossanitárias que devem ser cumpridas e são indicadas no estudo”, disse.

Além da Colômbia, também foram selecionados outros 17 mercados para elaboração de estudos, que vão ser lançados ainda em 2022, entre eles estão Arábia Saudita, China, Colômbia, Egito, México e Tailândia.


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