Arrozeiros já devem pensar na safra 2021/22
Nota da Federarroz sugere que preparativos sejam antecipados para evitar a alta do custo
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Preocupada com o aumento de custos para a próxima safra, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) orientou os produtores a adiantarem os preparativos para o ciclo 2021/2022.
Na nota pública em que emitiu a recomendação, divulgada nesta terça-feira, a entidade lembra que há uma estimativa de aumento de 20% a 30% nos custos de formação da lavoura, especialmente os de fertilizantes e agroquímicos. “O problema não é só a desvalorização do real, mas sobretudo o aumento desses insumos em dólar”, afirma o presidente da Federarroz, Alexandre Velho.
Um exemplo é o preço da tonelada do cloreto de potássio, adubo utilizado nas plantações, que passou de R$ 1.200,00 para R$ 2.300,00. Já o do fósforo subiu de R$ 2.200,00 para R$ 4.000,00, segundo Velho. O dirigente avalia que o preço está relacionado ao aumento da demanda destes produtos no mercado internacional. Conforme Velho, mesmo com a valorização da saca do arroz, que hoje vale cerca de R$ 85,00, a relação de troca está mais desfavorável do que há um ano.
O produtor gaúcho de arroz costuma comprar adubo depois de julho. Com vistas a obter melhores preços, a recomendação da Federarroz é para que inicie a preparação para a próxima safra logo depois da colheita ciclo atual, que deve terminar nos próximos dias.
A nota defende ainda que o orizicultor esteja atento à oportunidade de negócios de exportação, de modo a contribuir para regular o mercado. Também há uma preocupação com relação a previsões climáticas, já que estima-se um volume de chuvas abaixo da média para o inverno. Em razão disso, segundo Velho, não há como pensar em aumento de áreas para a safra 2021/2022.