Auxílio emergencial do Estado fica para maio

Auxílio emergencial do Estado fica para maio

Benefício de um salário mínimo destina-se a agricultores familiares afetados pela estiagem

Nereida Vergara

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Ainda não há data definida para o pagamento do auxílio emergencial, de um salário mínimo, prometido pelo governo do Rio Grande do Sul aos agricultores familiares gaúchos que tiveram prejuízos durante a pandemia ou em razão da estiagem. Segundo o secretário da Casa Civil do governo, Artur Lemos, o processo está sendo finalizado, devendo ter uma definição "ainda em maio". 

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS) tem expectativa de que o anúncio ocorra ainda nesta semana. O vice-presidente da Fetag, Eugênio Zanetti, explica que, durante as manifestações feitas pela entidade em março foi costurado um acordo com o governo que assegurou o benefício. Zanetti, no entanto, diz que não pode divulgar números em relação à quantidade de famílias beneficiadas e nem o valor do auxílio (estabelecido inicialmente em um salário mínimo). "Vamos aguardar a manifestação do governador", pontua. A Fetag também negocia com o governo a liberação de um empréstimo a juro zero para os agricultores - uma linha com limite de R$ 10 mil -, conforme o vice-presidente, ainda difícil de concretizar em função do ano eleitoral.

Menos otimista, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf/RS) pretende organizar protestos nos próximos dias para agilizar as duas medidas. O coordenador da Fetraf, Douglas Cenci, lembra que o governo chegou a anunciar o auxílio emergencial para até 137 mil famílias e depois recuou para 70 mil. "Nem sei dizer como estão vivendo as famílias que realmente precisam dessa ajuda", declara. Cenci comenta ainda que o empréstimo a juro zero seria muito importante neste momento, em especial aos agricultores que têm criações, perderam o milho que plantaram e precisam comprar alimento para os animais. 


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