Avicultura e suinocultura devem encerrar 2020 com números predominantemente positivos

Avicultura e suinocultura devem encerrar 2020 com números predominantemente positivos

Para 2021, ABPA prevê amplo crescimento na produção e na comercialização

Carolina Pastl*

Enquanto os ovos foram mais direcionados ao mercado interno, as carnes cresceram em embarcações para fora

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A avicultura e a suinocultura devem encerrar 2020 com números majoritariamente positivos. E, para 2021, a previsão é de pleno crescimento de produção e comercialização de ovos, carne de frango e suína. É o que indica projeção da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgada ontem.

Até o final deste ano, as produções brasileiras de carne de frango, ovo e carne suína devem bater recorde e alcançar, respectivamente, até 13,8 milhões de toneladas (+4,2% em relação a 2019), 53,5 bilhões de unidades (+9,1%) e 4,3 milhões de toneladas (+8%). Já os embarques poderão chegar, respectivamente, a 4,23 milhões de toneladas (+0,5% em relação a 2019), 5,3 milhões de toneladas (-31,2%) e 1,03 milhão de toneladas (+37%), este sendo um recorde. E o consumo per capita deve ser, respectivamente, de 45 quilos (+5% em relação a 2019), 250 unidades (+8,7%), o que é um recorde, e 15,3 quilos (estável).

Em receita, as exportações de janeiro a novembro deste ano (que são os dados compilados até o momento) representaram 5,543 bilhões de dólares (-12,8% em relação as mesmos meses em 2019) para a carne de frango e 2,079 bilhões de dólares (+47,1%) para a suína, o que é um recorde. Para o presidente da ABPA, Ricardo Santin, esse cenário ocorre devido à Peste Suína Africana, que demandou mais exportação de carnes, à redução de atividade econômica causada pela pandemia de Covid-19, que fez com que a população consumisse proteínas mais acessíveis, e ao câmbio, que reduziu o faturamento da carne de frango nos embarques.

Já para 2021, a previsão é de que a produção brasileira de carne de frango supere em 5,5% os números totais de 2020, as exportações aumentem em até 3,6% e o consumo per capita em até 4,4%. Já a produção de ovos deve crescer 5%, a exportação em até 50% e o consumo per capita em 6%. E a produção de carne suína poderá totalizar mais 3,5%, embarques em 10% e o consumo per capita em até 2%. “A pressão asiática por carne de frango e suína, a volta de importadores relevantes com a vacina da Covid-19, como as Filipinas, o efeito “Olimpíadas” e a retomada econômica nacional devem favorecer nossos mercados interno e externo”, observa Santin

*Sob supervisão de Danton Júnior


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895