Bacias do RS terão monitoramento de agrotóxicos pela primeira vez

Bacias do RS terão monitoramento de agrotóxicos pela primeira vez

Fepam recebeu recursos de R$ 852 mil do Ministério Público para o trabalho no Alto Jacuí

Correio do Povo

Rio Gravataí está abaixo do ideal

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A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) vai monitorar a presença de agrotóxicos em bacias pela primeira vez no Rio Grande do Sul a partir de 18 de abril, na bacia do Rio Gravataí. Após receber R$ 752 mil em recursos para esse monitoramento, a fundação assinou, nesta quarta-feira (5), um Termo de Cooperação para o repasse de R$ 852 mil do Fundo de Reconstituição de Bens Lesados (FRBL) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) para coletas e análises da água em oito estações de amostragem também na bacia hidrográfica do Alto Jacuí.

“Agora, com recursos para o Alto Jacuí, será possível fazer um monitoramento nunca antes realizado no Estado e traçar um perfil em termos de potencial de resíduos de agrotóxicos nas duas bacias”, disse o presidente da Fepam, Renato Chagas, em nota divulgada pela fundação. A equipe não só vai averiguar o nível de contaminação das bacias com os agroquímicos, como também identificar os trechos com maior concentração dos resíduos. O monitoramento tanto no Gravataí quanto no Alto Jacuí vai ser feito de forma semelhante, como afirma a chefe da Divisão de Planejamento Ambiental da Fepam, Claudia Bos Wolff. “O que muda são os cultivos agrícolas presentes. No Gravataí os principais são arroz e, mais recentemente, a soja. Já no Jacuí são soja, trigo e milho”, disse, na nota.  

O propósito do FRBL é dar de volta à sociedade o que ficou inutilizado por conta de danos. “Já distribuímos mais de R$ 50 milhões para entidades sérias, as quais sabemos que irão aplicar corretamente esses valores, fazendo a compensação para a sociedade e para o meio ambiente. Hoje, o recurso vai para a Fepam, que, ao empregá-lo no monitoramento de agrotóxicos em cursos hídricos, possibilitará ao Estado, no futuro, a criação de uma política pública relacionada ao tema”, disse o presidente do Conselho Gestor do FRBL, Daniel Martini, também em nota. 


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