Be8 lança novo biocombustível para acelerar a descarbonização de indústrias e transportes

Be8 lança novo biocombustível para acelerar a descarbonização de indústrias e transportes

Produto poderá ser usado em até 100% em motores a diesel ou misturado ao óleo diesel

Correio do Povo

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A Be8 anunciou um novo biocombustível nesta segunda-feira. Trata-se do Be8 BeVant, um metil éster bidestilado que pode ser adicionado 100% ou misturado ao óleo diesel para acelerar o processo de descarbonização de indústrias e transportes no curto prazo. Com benefícios do diesel verde - HVO (sigla em inglês para Hydrotreated Vegetable Oil) e em condições comerciais mais competitivas, o produto poderá abastecer equipamentos geradores de energia e a linha de máquinas pesadas da construção civil e do agronegócio, além das utilizadas para terraplanagem. A solução também pode atender as demandas de descarbonização dos setores de logística para produção de minérios, de transporte coletivo e de cargas nos modais rodoviário, marítimo e ferroviário.

A previsão é que a produção inicie em 12 meses, na unidade da Be8 de Passo Fundo. O objetivo é que o novo biocombustível seja ofertado a um custo 50% inferior ao praticado no mercado internacional para o Diesel Verde (HVO), considerando a cotação Argusmedia de 26 de setembro.  “Estamos falando de uma solução imediata, que não depende de investimento em infraestrutura ou troca de motor comparado com outras rotas tecnológicas como hidrogênio, biometano e veículo elétrico, com alto impacto para a despoluição dos grandes centros urbanos no curto prazo”, destaca Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8. 

Segundo a fabricante, o Be8 BeVant não altera a cor do combustível final, pois é limpo e transparente. Com baixo índice de contaminantes, o produto pode ser dosado em maiores quantidades no diesel fóssil, resultando em maior lubricidade e dispensando o uso de aditivos químicos. Com maior teor de éster, o novo biobombustível também melhora a combustão, reduz até 50% as emissões de CO (monóxido de carbono), até 85% a emissão de materiais particulados e em até 90% de fumaça preta.

O investimento em pesquisa, desenvolvimento e na ampliação de uma linha de produção na unidade de Passo Fundo será de R$ 80 milhões, mas Battistella não afasta a possibilidade de ampliar a produção em Marialva, no Paraná. “Não descartamos oferecer o produto para exportação, mas nosso foco preferencial é o mercado nacional que precisa de uma solução 100% renovável. Assim reforçamos nosso compromisso de ser uma empresa de energias renováveis que implementa novas matrizes energéticas por meio de um ecossistema circular de inovação, contribuindo para espaços menos poluídos e populações com mais saúde, ainda no presente, e reinventando o futuro”, finaliza Battistella.


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