Brasil recebe certificado de ampliação de área livre de febre aftosa com vacinação

Brasil recebe certificado de ampliação de área livre de febre aftosa com vacinação

Rio Grande do Sul não é citado no documento entregue em Paris

AE

Rio Grande do Sul não é citado no documento entregue em Paris

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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, recebeu nesta quinta-feira em Paris, o certificado de ampliação da área livre de febre aftosa com vacinação no País concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O documento, divulgado pelo próprio ministro, informa que a OIE aprovou "uma zona ampliada do Brasil" com o status sanitário contra a doença.

No documento são citados 24 Estados e o Distrito Federal, incluindo "partes de Mato Grosso do Sul". Não há citação ao Rio Grande do Sul e nem a Santa Catarina, este último já tem status de área livre da doença sem a necessidade de vacinação.

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O secretário de Defesa Agropecuária, Luiz Rangel, informou ao Broadcast que o Rio Grande do Sul já tinha um reconhecimento distinto de área livre de febre aftosa com vacinação e, por isso, não foi citado no certificado, que é uma ampliação, de acordo com ele, dos padrões já em vigor no País.

No entanto, São Paulo, por exemplo, também tem o mesmo status sanitário dos gaúchos é mencionado no documento. Em comunicado divulgado pelo Ministério da Agricultura, o ministro Maggi citou que o programa de combate à doença dura mais de 60 anos "e, nos últimos anos, (o País) fez um esforço muito grande para finalmente resolver o problema", afirmou. "E, a partir desse reconhecimento, o Brasil tem novo status no mercado mundial e poderá acessar mercados que ainda estão fechados", relatou.

Segundo o ministro, tipos de carne, como as com osso, agora passarão a ser negociados com países asiáticos, entre eles, China e Japão. "Não era possível, até agora, por exemplo, exportar para a China carne que contém osso. E há o efeito colateral, que são as exportações de carne suína. Se você não tem o país livre, o mercado não aceita a carne suína".

Maggi lembrou que Santa Catarina, mesmo livre de febre aftosa sem vacinação, não conseguia exportar carne de suína para alguns mercados. "Em resumo, muda o status e, ao mudar, você tem mais gente para conversar, mais países para comercializar", disse Maggi.

Programa desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e produtores prevê que de 2019 a 2023 deverá ser possível cessar gradualmente a vacinação contra a febre aftosa no País.

"Temos esse cronograma definido em função do fluxo de animais, porque uma vez declarado o estado como zona livre, não é possível transitar mais por ele com animais procedentes de outro com situação diversa. E também há atuação nas fronteiras, desde a Argentina, Paraguai, Bolívia, Venezuela, países com os quais há um programa conjunto".

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