Câmara Setorial mantém a TEC do arroz
Parte da indústria queria retirada da tarifa como medida para não elevar preço ao consumidor
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Os integrantes da Câmara Setorial do Arroz do Ministério da Agricultura aprovaram ontem, por 16 votos a 6, a manutenção da Tarifa Externa Comum (TEC) de 10% para importação do arroz em casca e de 12% para o grão beneficiado. O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, explica que a retirada da TEC traria prejuízo à competitividade do arroz nacional em relação ao importado. Velho diz que o Brasil tem estoque para chegar à próxima colheita e que a federação vai orientar o produtor a manter a oferta regular para evitar desabastecimento.
No setor de beneficiamento as opiniões se dividem. O Sindicato das Indústrias do Arroz no Rio Grande do Sul (Sindarroz) foi favorável à manutenção da TEC. O presidente Elio Coradini Filho entende que a taxação deveria ter sido retirada antes de a saca de 50 quilos chegar aos patamares atuais, de até R$ 100,00, porque agora já provocaria poucos efeitos práticos antes da entrada da nova safra, no início do ano que vem. Admite, entretanto, que a alta vai chegar ao consumidor, que nos próximos meses deve pagar mais de R$ 4,00 pelo quilo.
Já a diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), Andressa Silva, afirma que o setor pleiteou a retirada para não sacrificar os consumidores com a majoração de um item importante da cesta básica durante a pandemia.